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sábado, 10 de outubro de 2020

Trecho de "A verdade precisa ser dita"



















A vida é assim, é uma coletânea de ideias, é uma mistura de tudo um pouco, é uma miscelânea de assuntos, um turbilhão de sentimentos, uma metamorfose ambulante que pode se resumir numa caminhada
que busca respostas em muitas fontes e caminhos. Dentre estas fontes e caminhos posso listar alguns tais como: a Autoajuda, a Filosofia, a Religião, a Política, a Sociologia, o Humanismo, a Literatura, a Psicologia e em tantos outros assuntos e conceitos que envolvem o nosso cotidiano, que constroem a morada de nossos “pés”.

Mr. Jonas


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Esse pensamento assinado por Mr. Jonas é uma síntese brilhante e honesta da própria condição humana. Ele traduz, de forma simples e poderosa, a verdade de que viver é, essencialmente, ser aprendiz constante.


A vida, de fato, não cabe em uma única definição, nem em um único caminho. É feita de fragmentos, de pedaços que colhemos aqui e ali, de ideias que nos atravessam, de experiências que nos moldam e de perguntas que, muitas vezes, ficam sem respostas.


Somos essa metamorfose ambulante, como já dizia Raul Seixas, e não por acaso. Somos feitos de múltiplas influências, de saberes que se cruzam:

  • Às vezes buscamos amparo na autoajuda, quando precisamos de consolo imediato.
  • Em outros momentos, mergulhamos na filosofia, na tentativa de entender as questões mais profundas.
  • Buscamos respostas na religião, na espiritualidade, na psicologia, na literatura, na sociologia, na política, no humanismo… Cada saber oferece uma lente, uma chave, uma possibilidade.

E é nesse emaranhado de ideias, de conceitos e de sentimentos que vamos construindo — não apenas a nossa caminhada — mas também a morada dos nossos pés, esse chão simbólico onde firmamos quem somos, o que acreditamos e para onde queremos ir.

O mais belo desse pensamento é que ele reconhece uma verdade essencial:


Não existe um único caminho. Existe o nosso caminho, feito de muitas trilhas, muitos tropeços e muitos recomeços.


E que sorte é poder olhar para tudo isso e entender que a vida nunca foi sobre encontrar respostas definitivas, mas sobre aprender a caminhar, mesmo sem todas elas.

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

A Revolução dos Bichos, de George Orwell

Verdadeiro clássico moderno, concebido por um dos mais influentes escritores do século XX, A revolução dos bichos é uma fábula sobre o poder. Narra a insurreição dos animais de uma granja contra seus donos. Progressivamente, porém, a revolução degenera numa tirania ainda mais opressiva que a dos humanos.

Escrita em plena Segunda Guerra Mundial e publicada em 1945 depois de ter sido rejeitada por várias editoras, essa pequena narrativa causou desconforto ao satirizar ferozmente a ditadura stalinista numa época em que os soviéticos ainda eram aliados do Ocidente na luta contra o eixo nazifascista. De fato, são claras as referências: o despótico Napoleão seria Stálin, o banido Bola-de-Neve seria Trotsky, e os eventos políticos - expurgos, instituição de um estado policial, deturpação tendenciosa da História - mimetizam os que estavam em curso na União Soviética. Com o acirramento da Guerra Fria, as mesmas razões que causaram constrangimento na época de sua publicação levaram A revolução dos bichos a ser amplamente usada pelo Ocidente nas décadas seguintes como arma ideológica contra o comunismo. O próprio Orwell, adepto do socialismo e inimigo de qualquer forma de manipulação política, sentiu-se incomodado com a utilização de sua fábula como panfleto. Depois das profundas transformações políticas que mudaram a fisionomia do planeta nas últimas décadas, a pequena obra-prima de Orwell pode ser vista sem o viés ideológico reducionista. Mais de sessenta anos depois de escrita, ela mantém o viço e o brilho de uma alegoria perene sobre as fraquezas humanas que levam à corrosão dos grandes projetos de revolução política. É irônico que o escritor, para fazer esse retrato cruel da humanidade, tenha recorrido aos animais como personagens. De certo modo, a inteligência política que humaniza seus bichos é a mesma que animaliza os homens. Escrito com perfeito domínio da narrativa, atenção às minúcias e extraordinária capacidade de criação de personagens e situações.

A revolução dos bichos combina de maneira feliz duas ricas tradições literárias: a das fábulas morais, que remontam a Esopo, e a da sátira política, que teve talvez em Jonathan Swift seu representante máximo. "A melhor sátira já escrita sobre a face negra da história moderna." Malcolm Bradbury "Um livro para todos os tipos de leitor, seu brilho ainda intacto depois de sessenta anos." Ruth Rendell

#averdadeprecisaserdita #dicasdeleitura #dicasdelivros 

As Crônicas de Nárnia (Volume Único), C. S. Lewis

Viagens ao fim do mundo, criaturas fantásticas e batalhas épicas entre o bem e o mal - o que mais um leitor poderia querer de um livro? O livro que tem tudo isso é 'O leão, a feiticeira e o guarda-roupa', escrito em 1949 por Clive Staples Lewis. MasLewis não parou por aí. Seis outros livros vieram depois e, juntos, ficaram conhecidos como 'As crônicas de Nárnia'. Nos últimos cinqüenta anos, 'As crônicas de Nárnia' transcenderam o gênero da fantasia para se tornar parte do cânone da literatura clássica. Cada um dos sete livros é uma obra-prima, atraindo o leitor para um mundo em que a magia encontra a realidade, e o resultado é um mundo ficcional que tem fascinado gerações. Esta edição apresenta todas as sete crônicas integralmente, num único volume. Os livros são apresentados de acordo com a ordem de preferência de Lewis, cada capítulo com uma ilustração do artista original, Pauline Baynes. Enganosamente simples e direta, 'As crônicas de Nárnia' continuam cativando os leitores com aventuras, personagens e fatos que falam a pessoas de todas as idades.
por C. S. Lewis

O Sobrinho do Mago
Este romance narra os acontecimentos nos primórdios de Nárnia.
Através de anéis mágicos fabricados
por tio André, Digory Kirke e Polly Plummer viajam até Charn, um mundo muito antigo e acabam por libertar a feiticeira branca: Jadis. Depois de muitos acontecimentos, eles chegam a um mundo que estava sendo criado por Aslam: Nárnia. O livro relata a origem do guarda-roupa e de como ele foi parar no nosso mundo.

 
O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa
Pedro, Susana, Edmundo e Lúcia Pevensie, através de um antigo e misterioso guarda-roupa, chegam ao mundo de Nárnia, um exuberante país que enfrenta um terrível e prolongado inverno, imposto pela falsa rainha do país, Jadis (a Feiticeira Branca). Com a ajuda do grande e poderoso leão Aslam, os irmãos Pevensie devem derrotar a feiticeira e trazer a paz de volta à Nárnia.

 
O Cavalo e seu Menino
Narra a história do cavalo falante Bri e do garoto Shasta, ambos detidos em cativeiro na Calormânia. Durante a fuga, estes descobrem que a Calormânia pretende invadir Nárnia através da Arquelândia. Agora eles devem impedir que este ataque ocorra; para isto, passarão por incríveis aventuras, junto de Aravis e Huin.

 
Príncipe Caspian
Narra o retorno dos irmãos Pevensie à Nárnia, onde se passaram 1300 anos, enquanto no nosso mundo se passou apenas um. Nesse tempo, os telmarinos  invadiram Nárnia, desmataram bosques e assassinaram criaturas. Os Pevensie conhecem Caspian X, um bondoso príncipe telmarino e deverão derrotar o falso rei de Nárnia, Miraz (tio de Caspian), o atual comandante dos massacres.
 

A Viagem do Peregrino da Alvorada
Nesta história, apenas Edmundo e Lúcia retornam à Nárnia, além do seu incômodo e emburrado primo Eustáquio Mísero. Juntos de Caspian X (já como rei de Nárnia) e do rato Ripchip, eles viajam a bordo do navio Peregrino da Alvorada, pois devem encontrar os sete fidalgos banidos por Miraz. Eles enfrentarão diversos perigos e aventuras em inúmeras ilhas.
 

A Cadeira de Prata
Nesta aventura, apenas Eustáquio e sua amiga de escola, Jill Pole, vão à Nárnia; estando lá, eles devem encontrar o Príncipe Rilian, o filho desaparecido do rei Caspian X. Com os conselhos de Aslam, Eustáquio e Jill devem percorrer Nárnia em busca de Rilian e descobrem que o príncipe foi sequestrado e hipnotizado pela Feiticeira Verde, que planeja, através do próprio Rilian, tomar Nárnia.

 
A Última Batalha
Depois que a Calormânia, juntamente como seu líder Tash, invadem Nárnia, ocorre uma grande e violenta guerra. Aslam, então, decreta o fim de Nárnia, fazendo as estrelas descerem do céu, o sol se apagar, e inundando todo o resto. Todos os humanos e criaturas boas e fiéis a Aslam, vão para o paraíso conhecido como País de Aslam.

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sábado, 1 de agosto de 2020

Críticas da Vida: Poeira

Sim, a vida é, sem dúvida, uma dádiva. E quando conseguimos desfrutar dos seus prazeres, das suas pequenas e grandes alegrias, parece que coração e alma entram em perfeito acordo — agradecendo silenciosamente pela chance de simplesmente existir.


A verdade é que milhares de coisas moldam nossa jornada: ora fazem da vida um caminho leve, ora um fardo pesado de carregar. Para uns, as tempestades vêm mais fortes; para outros, mais brandas. Mas ninguém passa por ela sem enfrentar, em algum momento, o peso dos próprios desafios.


Aceitar ou não esses fatos — as dores, as alegrias, os acertos e os tropeços — é algo que pertence unicamente a cada indivíduo. É no íntimo de cada ser humano que essa decisão se dá.


E, convenhamos, não é fácil lidar quando os momentos de prazer e contentamento são substituídos pelas mazelas, pelas adversidades e pelos problemas que nunca escolhemos ter. A vida, às vezes, parece pesar mais do que gostaríamos. Suportar a dor e o sofrimento exige força — e, nem sempre, estamos preparados. Por isso, é natural que, diante dos abalos, as nossas reações nem sempre sejam as melhores.


Ainda assim, uma verdade permanece, inevitável e absoluta: no fim, todos nós seremos apenas poeira. Poeira que, por um breve instante, cruzou este mundo.


E talvez, justamente por isso, devêssemos pensar melhor sobre como escolhemos viver esse breve sopro chamado vida.

- Mr. Jonas


✨Crônica do livro "Sociedade quase Anônima": Crônicas e Críticas da vida, Corrigida e Atualizada.


disponível para venda em:

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