terça-feira, 2 de junho de 2020
O professor, o aluno e o anelo
O Voo da águia (Releitura)
Dizem que a águia, senhora dos céus, carrega em si um dos maiores segredos da natureza: a longevidade. Pode viver até 70 anos, mas… não sem antes encarar uma dura escolha no meio do caminho.
Quando chega aos 40, seu corpo já não responde como antes.
O bico, antes afiado, se curva contra o peito.
As garras, longas e frágeis, já não seguram mais as presas.
As penas tornam-se pesadas, grossas, e o voo… Ah, o voo vira quase um suplício.
Então, a vida lhe oferece dois caminhos:
Desistir… ou mudar.
Se escolhe mudar, a jornada não é fácil.
Ela sobe até o topo de uma montanha, se recolhe.
Ali, num silêncio cheio de dor e coragem, começa seu ritual de transformação.
Primeiro, quebra o próprio bico, batendo-o contra a rocha.
Espera, paciente, que um novo nasça.
Com ele, arranca suas garras envelhecidas.
E quando as novas despontam, arranca uma a uma as penas pesadas, libertando-se do que já não a faz voar.
Cinco meses.
De dor. De espera. De recomeço.
E então, renascida, ela abre novamente suas asas.
O céu é todo dela outra vez.
Um voo de liberdade. Um voo de vida. Mais 30 anos pela frente.
— E nós?
Quantas vezes carregamos bicos curvados, garras que não seguram mais nada, e asas pesadas de passado, de mágoas, de velhos hábitos?
Às vezes, só nos resta subir a nossa própria montanha, silenciar, encarar as dores da mudança… e renascer.
A vida sempre cobra coragem.
Coragem de deixar para trás o que não serve mais.
Coragem de abrir mão do que pesa, do que trava, do que sufoca.
Porque, no fim, só quem tem coragem de se renovar, volta a voar.
Pense nisso!
O rei e o sábio
Pão com manteiga
- Você precisa dizer claramente o que deseja, não espere que o outro adivinhe…
- Você pode pensar que está fazendo o melhor para o outro, mas o outro pode estar esperando outra coisa de você…
- Deixe-o falar, peça-o para falar e quando não entender, não traduza sozinho. Peça que ele se explique melhor…
- Esse texto pode ser aplicado não só para relacionamento entre casais, mas também para pais/filhos, amigos e mesmo no trabalho.
As pedrinhas
- Família
- Amigos
- Trabalho
- e até mesmo seus sonhos.
Sempre há uma saída
Dê mais atenção a quem você ama
Em um fim de tarde qualquer, dois desconhecidos dividiam o mesmo banco no parque.
Ela olhava, encantada, para uma criança que sorria no escorregador.
— Aquele é meu filho — disse, com ternura no olhar. — Está crescendo tão rápido…
O homem sorriu e apontou:
— E aquela pedalando é minha filha, Melissa.
Logo em seguida, ele olhou o relógio e, com voz serena, chamou:
— Melissa, vamos? Está na hora de ir.
A menina, com aquele jeitinho que só as crianças sabem ter, respondeu:
— Pai, só mais cinco minutinhos, por favor!
Ele sorriu, respirou fundo e concordou:
— Está bem, mais cinco.
O tempo correu, como sempre corre, e logo ele tentou de novo:
— Melissa, agora sim? Vamos?
E ela, insistente, pediu mais:
— Só mais cinco minutinhos, pai. Só mais esses…
E, mais uma vez, ele cedeu com um sorriso.
A mulher, curiosa e admirada, não conteve o comentário:
— O senhor é, sem dúvida, um pai muito paciente…
O sorriso dele, então, deu lugar a um olhar que carregava uma história.
— Sabe… — começou — meu filho mais velho se foi no ano passado. Morreu em um acidente de bicicleta, não muito longe daqui… Um motorista bêbado cruzou o caminho dele.
Fez uma pausa, respirou fundo, e continuou:
— Sempre fui ocupado… cheio de compromissos, prazos, metas… Nunca tive tempo suficiente para ele. E, se eu pudesse hoje, daria tudo — tudo mesmo — para ter apenas mais cinco minutos ao lado dele…
Olhou, então, para Melissa, com um amor que preenchia cada palavra:
— Ela acha que ganha cinco minutos a mais para brincar. Mas, na verdade… quem está ganhando sou eu. Cinco minutos a mais para vê-la crescer, sorrir, existir.
E, olhando novamente o parque, concluiu:
— Na vida, tudo se resume às nossas escolhas. Às prioridades que fazemos.
E você? Tem certeza de que está priorizando o que realmente importa?
Nem tudo que é urgente é importante. E nem tudo que é importante deve esperar.
Dê hoje, a quem você ama, cinco minutos do seu tempo. E transforme esses minutos na memória mais valiosa que alguém pode carregar.
- Autor desconhecido
A história do lápis
- Você está escrevendo uma história que aconteceu conosco? E por acaso, é uma história sobre mim?
A avó parou a carta, sorriu, e comentou com o neto:
- Estou escrevendo sobre você, é verdade. Entretanto, mais importante do que as palavras, é o lápis que estou usando. Gostaria que você fosse como ele, quando crescesse.
O menino olhou para o lápis, intrigado, e não viu nada de especial.
- Mas ele é igual a todos os lápis que vi em minha vida!
- Tudo depende do modo como você olha as coisas. Há cinco qualidades nele que, se você conseguir mantê-las, será sempre uma pessoa em paz com o mundo”.
“Primeira qualidade: você pode fazer grandes coisas, mas não deve esquecer nunca que existe uma Mão que guia seus passos. Esta mão nós chamamos de Deus, e Ele deve sempre conduzi-lo em direção à Sua vontade”.
“Segunda qualidade: de vez em quando eu preciso parar o que estou escrevendo, e usar o apontador. Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas no final, ele está mais afiado. Portanto, saiba suportar algumas dores, porque elas o farão ser uma pessoa melhor.”
“Terceira qualidade: o lápis sempre permite que usemos uma borracha para apagar aquilo que estava errado. Entenda que corrigir uma coisa que fizemos não é necessariamente algo mau, mas algo importante para nos manter no caminho da justiça”.
“Quarta qualidade: o que realmente importa no lápis não é a madeira ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro. Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você.”
“Finalmente, a quinta qualidade do lápis: ele sempre deixa uma marca. Da mesma maneira, saiba que tudo que você fizer na vida irá deixar traços, e procure ser consciente de cada ação”.
Autor Desconhecido
Estabeleça compromisso com o impossível
A tábua e os pregos
Quem planta tâmaras, não colhe tâmaras
Existe um antigo provérbio que diz:
“Quem planta tâmaras, não colhe tâmaras.”
Durante muito tempo, plantar uma tamareira era um gesto de pura generosidade. As árvores levavam décadas — às vezes uma vida inteira — para darem frutos. Quem plantava sabia, desde o primeiro punhado de areia revolvido, que provavelmente não estaria aqui para ver os resultados.
Mas isso nunca foi problema. Porque quem planta, não planta apenas para si. Planta para os filhos, para os netos, para os que virão. Planta porque entende que a vida é um fio que se estende muito além dos nossos próprios passos.
O velho que planta tâmaras no meio do deserto responde, sem pressa e sem arrogância, à pergunta inquieta do jovem que só vê o agora:
“Se todos pensassem como você, ninguém colheria tâmaras.”
Essa é a grande lição.
Nem tudo que fazemos é para o nosso próprio benefício.
Nem tudo que construímos precisa, obrigatoriamente, nos servir.
Às vezes, o maior sentido da vida está em deixar um legado,
em ser ponte, em ser raiz, em ser semente.
Plantar é um ato de fé no futuro.
É dizer, silenciosamente:
‘Eu talvez não veja, mas eu acredito que vai florescer.’
Então, continue plantando.
Palavras, ações, afetos, gentilezas, sonhos.
O mundo precisa — hoje mais do que nunca — das suas tâmaras.