Em um fim de tarde qualquer, dois desconhecidos dividiam o mesmo banco no parque.
Ela olhava, encantada, para uma criança que sorria no escorregador.
— Aquele é meu filho — disse, com ternura no olhar. — Está crescendo tão rápido…
O homem sorriu e apontou:
— E aquela pedalando é minha filha, Melissa.
Logo em seguida, ele olhou o relógio e, com voz serena, chamou:
— Melissa, vamos? Está na hora de ir.
A menina, com aquele jeitinho que só as crianças sabem ter, respondeu:
— Pai, só mais cinco minutinhos, por favor!
Ele sorriu, respirou fundo e concordou:
— Está bem, mais cinco.
O tempo correu, como sempre corre, e logo ele tentou de novo:
— Melissa, agora sim? Vamos?
E ela, insistente, pediu mais:
— Só mais cinco minutinhos, pai. Só mais esses…
E, mais uma vez, ele cedeu com um sorriso.
A mulher, curiosa e admirada, não conteve o comentário:
— O senhor é, sem dúvida, um pai muito paciente…
O sorriso dele, então, deu lugar a um olhar que carregava uma história.
— Sabe… — começou — meu filho mais velho se foi no ano passado. Morreu em um acidente de bicicleta, não muito longe daqui… Um motorista bêbado cruzou o caminho dele.
Fez uma pausa, respirou fundo, e continuou:
— Sempre fui ocupado… cheio de compromissos, prazos, metas… Nunca tive tempo suficiente para ele. E, se eu pudesse hoje, daria tudo — tudo mesmo — para ter apenas mais cinco minutos ao lado dele…
Olhou, então, para Melissa, com um amor que preenchia cada palavra:
— Ela acha que ganha cinco minutos a mais para brincar. Mas, na verdade… quem está ganhando sou eu. Cinco minutos a mais para vê-la crescer, sorrir, existir.
E, olhando novamente o parque, concluiu:
— Na vida, tudo se resume às nossas escolhas. Às prioridades que fazemos.
E você? Tem certeza de que está priorizando o que realmente importa?
Nem tudo que é urgente é importante. E nem tudo que é importante deve esperar.
Dê hoje, a quem você ama, cinco minutos do seu tempo. E transforme esses minutos na memória mais valiosa que alguém pode carregar.
- Autor desconhecido
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