quarta-feira, 24 de março de 2021

Encarar o Medo é Escolher Viver!

 Acredito que a vida é um prêmio, mas estar vivo não significa viver.

 — NICKI MINAJ, “MOMENT 4 LIFE”


O medo é um artista habilidoso.

Pinta monstros onde não existem, cria sombras em plena luz, costura fantasmas nas costuras dos nossos dias. E, sem perceber, vamos nos tornando reféns dele.


A vida, quando dominada pelo medo, encolhe. As possibilidades murcham, os sonhos se encolhem no canto da sala, esperando uma coragem que, às vezes, nunca chega.

O medo é silencioso, às vezes sutil. Ele se veste de desculpas, de “não é o momento”, de “quando eu estiver preparado”, de “um dia, quem sabe…”.


Mas a grande armadilha é acreditar que viver com medo é viver seguro.

Não é.

É existir — e existir é bem diferente de viver.


O curioso é que, na maioria das vezes, aquilo que tanto tememos só é grande porque nunca ousamos encará-lo de frente. O desconhecido, quando iluminado, perde a pose. As amarras, quando desafiadas, se revelam mais frágeis do que pareciam.


A vida é finita, mas o medo, esse, se alimenta da nossa infinitude imaginária, como se tivéssemos todo o tempo do mundo para adiar quem somos e o que queremos.


Por isso, talvez a pergunta mais honesta do dia seja:

De que medo você vai se libertar hoje?


Pode ser algo pequeno — falar o que sente, ligar para alguém, dizer “não”, começar algo novo, sair da bolha.

Ou pode ser algo maior — mudar de cidade, de trabalho, de vida.


O tamanho do medo não importa.

O que importa é lembrar que coragem não é ausência de medo. É ir, apesar dele.


Porque, no fim, quem não enfrenta o medo, enfrenta um vazio ainda maior: o de não ter vivido.

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