quarta-feira, 24 de março de 2021

Você não precisa imitar nem ser parecido com ninguém

 Se for para cantar como outra pessoa, prefiro nem cantar.  BILLIE HOLIDAY

Existe um erro sutil — e muito comum — que a vida moderna insiste em nos ensinar: o de que, para sermos aceitos, precisamos nos encaixar.

Seja mais assim. Seja menos daquele jeito. Mude. Adapte-se. Disfarce. Suavize.


De tanto ouvir, alguns acabam se esquecendo de quem são. Passam a vestir máscaras tão bem ajustadas que, com o tempo, acreditam que são o próprio disfarce. Acontece que viver tentando ser reflexo de outro não é vida — é sombra.


A verdade é simples, embora nem sempre confortável: ninguém se apaixona por uma cópia. Ninguém se encanta pelo que é forçado, ensaiado, mascarado. O que realmente atrai, o que realmente tem valor, é aquilo que nasce do natural. É o riso desajeitado, a mania estranha, o jeito único de olhar o mundo.


Ser você mesmo, em um mundo que insiste em te moldar, é, antes de tudo, um ato de resistência. E talvez o maior sinal de coragem. Porque, sim, sempre vai ter alguém que vai querer te ver menor, mais “adequado”, mais parecido com aquilo que eles acham que é certo.


Mas aí vem a vida — com sua ironia poética — e mostra que quem vive tentando ser outro, perde o próprio brilho. Porque quem não se banca na própria verdade, vive à mercê dos aplausos dos outros.


Seja você. Com seus excessos, suas doçuras, seus defeitos e suas potências. Quem não souber lidar com sua autenticidade, é sinal claro de que não merece lugar na sua vida.


Porque no fim, ser você não é só sobre liberdade.

É sobre sobrevivência!

Nenhum comentário: