Nunca tive — e nem tenho — a intenção de chocar.
O que não consigo, de forma alguma, é abdicar do que penso.
Não sei calar quando as palavras me atravessam.
Não sei existir sem meus próprios pensamentos, sem minhas reflexões transbordando em forma de escrita.
A vida, por sua vez, é uma constante dança entre fatos e suposições.
Saber distinguir uma coisa da outra é, talvez, uma das maiores habilidades que podemos desenvolver.
Existe resposta para tudo?
Nem sempre.
Toda suposição guarda uma verdade?
Também não.
O fato é que…
O mundo tem essa incrível — e perigosa — capacidade de construir realidades paralelas, versões distorcidas, narrativas moldadas que tentam te fazer viver nelas.
Somos, muitas vezes, manipulados, persuadidos, enganados.
Por quê? Porque falta essência.
Falta profundidade.
Porque quase nada é, de fato, como parece — até que possamos sentir com o coração.
E o amor…
Ah, o amor não escapa dessa lógica instável.
Ele anda devagar… e, de repente, corre.
Surpreende, desarma, ensina — mas também aprende.
Se perde nas esquinas da vida, mas teima em se reencontrar.
Eterniza momentos, mas se cala diante da decepção.
Ora se exalta, ora se tortura.
Ama até a loucura.
Escraviza e liberta no mesmo gesto.
Finge indiferença, mas pede atenção.
Transborda… e depois se esvazia.
Vai do começo ao fim — e do fim ao começo — sem pedir licença.
Porque o amor não sabe ser neutro.
Ele pulsa.
Ele existe.
E, ainda que dois se encontrem no mesmo desejo, no mesmo sentido,
as essências podem se confrontar, se desencontrar e, ainda assim, se desejar.
São forças opostas, em constante tentativa de se fundirem, mesmo quando suas naturezas gritam diferenças.
Parecem iguais…
Mas são feitas de matéria distinta.
Fatos e suposições.
Verdades e percepções.
O jogo da vida está sempre acontecendo.
Resta saber: você vive nos fatos…
Ou nas suposições?
"As coisas que mais tememos são aquelas que menos compreendemos, pois, nossas suposições podem ser mais perigosas que a própria realidade." - Autor Desconhecido
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