sábado, 3 de abril de 2021

O Último dos mortais

 🌻A verdade precisa ser dita!




















"Era desprezado como o último dos mortais, homem coberto de dores, cheio de sofrimentos; passando por ele, tapávamos o rosto; tão desprezível era, não fazíamos caso dele. A verdade é que ele tomava sobre si nossas enfermidades e sofria, ele mesmo, nossas dores; e nós pensávamos fosse um chagado, golpeado por Deus e humilhado! Mas ele foi ferido por causa de nossos pecados, esmagado por causa de nossos crimes; a punição a ele imposta era o preço da nossa paz, e suas feridas, o preço da nossa cura." 
(Isaías 52, 3-5)


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🔍 Comentário e Reflexão Profunda

  1. “Desprezado e rejeitado pelos homens, homem de dores…”
    Aqui se revela uma realidade dura e, ao mesmo tempo, comovente: aquele que veio para amar, salvar e curar, não foi recebido com honra, mas com desprezo. O Servo — que os cristãos reconhecem como Jesus — não foi alguém exaltado, mas alguém que carregou o peso do sofrimento humano nas costas.


👉 Quantas vezes também fazemos isso? Ignoramos, desprezamos ou rejeitamos aquilo que pode, de fato, nos curar e libertar, porque não vem embrulhado da forma que esperamos — com poder, glória ou reconhecimento.


  1. “Tomou sobre si as nossas enfermidades e carregou as nossas dores…”
    Essa é uma das declarações mais emocionantes da Bíblia. É como se Deus dissesse: “Vocês não estão sozinhos no sofrimento. Eu peguei isso para mim.”


👉 Aqui não se trata apenas de dores físicas, mas também de doenças da alma: culpa, angústia, solidão, medo, tristeza, pecado. Tudo aquilo que nos adoece por dentro e nos afasta da nossa essência, da paz e do amor.


  1. “Nós o considerávamos aflito, ferido de Deus e oprimido.”
    A ironia cruel da humanidade: ver no sofrimento do outro um castigo, uma punição, quando, na verdade, era um ato de amor profundo. Muitos olharam para Jesus na cruz e pensaram: “Ele deve merecer isso.”


👉 Essa atitude ainda ecoa hoje, quando julgamos as dores alheias, quando pensamos que quem sofre é porque fez algo errado, esquecendo que a dor é parte da condição humana e, muitas vezes, carrega em si um chamado à empatia, não ao julgamento.


  1. “Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões…”
    O texto é claro e direto: foi por nós. Não por Ele. Não por erros próprios. Cada ferida, cada dor, cada lágrima, cada gota de sangue foi derramada como um ato de amor redentor, para que o peso do nosso erro não fosse a nossa sentença, mas o nosso ponto de recomeço.


👉 O amor aqui se revela não como sentimento romântico, mas como entrega, sacrifício e compaixão extrema.


  1. “O castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados.”
    Esse versículo é uma das maiores definições do que é o amor de Deus. A paz que buscamos — muitas vezes fora, em coisas, pessoas, conquistas — foi, na verdade, construída sobre a entrega daquele que se fez pequeno, frágil e sofredor por amor.


👉 E a cura que esse texto fala não é só física. É cura da alma, do espírito, das feridas internas, das mágoas, do medo, do vazio existencial.


🌻 Reflexão Atual e Pessoal

Este texto nos lembra de algo profundamente necessário: a dor não é a última palavra. Existe redenção, cura, restauração.

Através dessa entrega, somos convidados a revisitar a maneira como enxergamos o amor, o sofrimento, a compaixão e até o nosso próprio valor. Porque se alguém foi capaz de entregar tudo, até a própria vida, para que eu e você fôssemos livres, é porque há em cada um de nós algo infinitamente precioso.

Isaías 53, mais do que um texto, é um convite:

➡️ Para deixar o orgulho, a indiferença e a superficialidade.

➡️ Para entender que nossas feridas podem ser curadas, que há um amor capaz de transformar o mais sombrio em luz.

➡️ Para olhar para quem sofre e não julgar, mas estender a mão, acolher e amar.


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✨Isaías 53:3-5 é um dos trechos mais profundos, intensos e impactantes de toda a Bíblia. Este capítulo é conhecido como a profecia do Servo Sofredor, que para a tradição cristã aponta diretamente para Jesus Cristo e seu sacrifício pela humanidade.




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