sábado, 18 de dezembro de 2021

Bagagens Desnecessárias!

Carregamos tanto,

sem nem perceber…


Pesam nos ombros,

pesam na alma,

pesam no passo que não vai.


Culpa…

De quê, de quem, por quê?

Se o que passou não volta,

e o que não depende de você,

não cabe no seu bolso.


O passado…

Ah, ele já fez o que tinha que fazer.

Vira memória, vira lição —

mas não precisa virar prisão.


Expectativas…

São roupas que não servem,

sapatos que apertam,

planos que, às vezes, não são nem seus.

São projeções que o outro faz,

e que você, sem querer, aceita carregar.


Erro dos outros…

Não é peso seu.

Não é sua mala,

não é seu problema,

não é seu caminho.


Negatividade…

Essa é traiçoeira.

Vai entrando de mansinho,

se instala nos cantos da mente,

faz sombra onde podia ter luz.


Então, respira.

Desfaz as malas.

Deixa pra trás o que não te leva.

Solta.

Liberta.

Leva só o que te faz crescer:

leveza, coragem, amor, aprendizado,

e esse desejo bonito de seguir —

mais leve, mais inteiro, mais você.


🌻A Verdade precisa ser dita!

Tomara!

Que a tristeza te convença

Que a saudade não compensa

E que a ausência não dá paz

E o verdadeiro amor de quem se ama

Tece a mesma antiga trama

Que não se desfaz


E a coisa mais divina

Que há no mundo

É viver cada segundo

Como nunca mais . . .


- Vinicius de Moraes


🌻A Verdade precisa ser dita!



ACEITA QUE DÓI MENOS!

 Depois dos sucessos “Quer ser feliz?”, “Ame e perdoe” e “Não aguento mais”, Padre Alessandro Campos está de volta! Em Aceita que dói menos, Padre Alessandro convida o leitor a refletir sobre a aceitação nos mais diversos aspectos e como isso pode impactar na vida das pessoas. "Eu convoco para um primeiro passo: o passo da aceitação. Só assim, aceitando seu erro, reconhecendo seu caminho torto, percebendo que está repetindo padrões ruins é que algo de bom poderá acontecer em sua vida", afirma ele. Padre Alessandro mostra no livro que a aceitação pode passar por muitos aspectos e traz reflexões e orações para pontos, como: 

- Aceitar a si próprio, com suas qualidades e defeitos; 

- Aceitar o próximo do jeito que ele é; 

- Aceitar as consequências de seus atos; 

- Aceitar a partida de alguém querido; 

- Aceitar o fim de algo e, portanto, seguir em frente; 

- Aceitar algum fato do passado que te atormenta e se perdoar.


🌻Aceita que dói menos!

No Ritmo do Coração, Em Cada Passo do Caminho

O passado…

Ah, o passado é história escrita com tinta que o tempo não apaga,

mas que também não volta.

É lição, cicatriz, memória —

mas não abrigo.


O futuro?

Um papel em branco,

cheio de interrogações,

onde a ansiedade gosta de morar.

Promessa? Talvez.

Certeza? Nunca foi.


E o presente…

Ah, o presente é dádiva,

é agora,

é sopro,

é milagre disfarçado de rotina.

O nome não mente: presente.

Um presente dado, que poucos desembrulham de verdade.


Por isso, escuta…

Escuta a voz que não vem do mundo,

nem do medo,

nem do barulho lá de fora.

Escuta a voz do sentimento.

Do que pulsa, do que vibra,

do que te faz ser mais você.


No ritmo do coração,

em cada passo do caminho,

a vida te chama pra dançar,

pra sentir, pra viver —

não pra adiar.


A verdade?

Ela não grita,

não invade,

não força.

Ela sussurra.

Ela mora no silêncio depois do suspiro,

no arrepio que vem sem motivo,

na paz que se sente quando tudo, enfim, faz sentido.


Então, que se diga a verdade:

O que não tem amor, não tem caminho.

O que não tem sentido, não merece espaço.

O que não faz o coração bater mais forte,

não vale o passo.


Caminha.

Mas caminha leve.

No compasso da alma.

No ritmo do coração.

Em cada passo…

Do seu caminho.


Entre Rosas e Espinhos

A vida, em sua essência, não é exatamente colorida — como muitos costumam dizer por aí. Na verdade, ela é feita de contrastes: de altos e baixos, de perdas e ganhos, de derrotas e vitórias. A vida não vem pronta, ela é feita para ser colorida. É obra em construção, em constante transformação.


É impossível fugir dos conflitos, das distâncias, das separações — sejam elas fruto do acaso ou resultado das razões que só a própria vida conhece e, com o tempo, ensina.


A dinâmica da existência tem, sim, na harmonia o seu ideal. Todos nós, de alguma forma, buscamos esse equilíbrio. Mas o caminho é marcado por rosas… e espinhos. Estamos sujeitos às turbulências, às quedas, às decisões que nos jogam no chão, que nos fazem sentir como folhas secas levadas pelo vento — sem direção, sem sentido, sem razão aparente.


Por isso, falar sobre “rosas e espinhos” não é apenas um exercício poético, é reconhecer o que é real, é olhar com verdade para o que molda a vida em sua totalidade. É compreender suas vertentes, suas dualidades, seus emaranhados.


A vida não nasce colorida. Ela é feita para ser colorida. Com coragem, com escolhas, com resiliência e, sobretudo, com o entendimento de que, apesar dos espinhos, ainda vale — e sempre valerá — a beleza das rosas.


Quando o Amor Dá Sentido!

Tem coisa que a gente não explica — só sente. E talvez seja exatamente aí que mora o amor. Naquele espaço invisível entre o que se vê e o que se vive. Porque, no fundo, o amor não precisa fazer sentido… Ele é quem dá sentido.


A gente passa a vida inteira tentando entender tantas coisas. As razões, os caminhos, os porquês. Mas quando o amor chega, bagunça tudo. Desmonta certezas, reorganiza prioridades e muda as placas de direção. O que antes parecia essencial, vira detalhe. O que parecia inalcançável, se torna possível.


É curioso perceber como o amor não se limita às grandes declarações, nem às cenas de filme. Ele mora nos gestos miúdos. No olhar que acolhe, no cuidado que não pede retorno, na palavra que chega quando o silêncio pesa. Está na mão estendida, no abraço que ancora, no café passado na manhã preguiçosa, na mensagem que diz: “só passei pra saber se você tá bem”.


O amor é essa força silenciosa e imensa que move o mundo sem fazer alarde. É quem nos sustenta quando a vida desaba, quem nos impulsiona quando o medo paralisa, quem acende a luz quando a escuridão ameaça.


E, veja só, ele não faz sentido. Porque não cabe na lógica, nem se encaixa nas equações da razão. E, justamente por isso, é ele quem dá sentido. Dá sentido ao acordar, ao recomeçar, ao seguir — mesmo quando parece não haver caminho.


O amor é, no fim das contas, esse sopro que faz a vida ter gosto de vida. É ele que faz o ordinário virar extraordinário. Que dá sabor ao simples, que colore o que era cinza, que transforma o vazio em presença.


Por isso, se for pra escolher uma direção, que seja a do amor. Se for pra buscar um motivo, que seja ele. Porque o amor não é sobre entender. É sobre viver. E é só quando a gente entende isso… que, enfim, tudo faz sentido.


Amar não é apoderar-se do outro para completar-se, mas dar-se ao outro para completá-lo.

- Lao-Tsé 

🌻A Verdade precisa ser dita!

Quando Desistir É um Ato de Coragem!

Vivemos tempos em que a ordem parece ser resistir. Resistir à dor, ao cansaço, às decepções, às próprias angústias. Existe um mantra não declarado que insiste em dizer que “ser forte” é suportar tudo, sorrir sempre, fingir que está tudo bem — mesmo quando a alma está em ruínas.


Mas ninguém conta que, às vezes, a dor é traiçoeira. Se disfarça de esperança, veste a fantasia de alegria temporária e, quando menos esperamos, nos vemos afogados num vazio que parece não ter fim.


Nos ensinaram que felicidade é um destino. Que ela está lá, em algum lugar do futuro, esperando quem tiver coragem, força e resiliência suficiente para alcançá-la. E então seguimos… correndo, tropeçando, colecionando frustrações e, muitas vezes, disfarçando lágrimas com risos ensaiados.


O problema é que, nesse caminho, esquecemos que não existe felicidade permanente. Que a vida é feita de instantes. Que tentar aprisionar a alegria como se fosse um bem imutável é tão inútil quanto tentar segurar o vento com as mãos.


E é aí que nasce o sofrimento silencioso: quando a busca desenfreada por respostas vira prisão. Quando insistimos em entender o que não tem explicação. Quando forçamos permanecer em lugares — externos ou internos — que já não nos cabem mais.


O que quase nunca nos dizem é que, às vezes, retroceder não é fracasso. Desistir, sim, pode ser um ato de coragem. Coragem de romper com ciclos que adoecem. Coragem de abandonar perguntas que só geram mais dor. Coragem de aceitar que nem tudo precisa ser entendido, solucionado ou levado adiante.


Recomeçar não é sobre apagar o que passou, mas sobre redesenhar os próprios contornos. É escolher, com consciência, onde vale a pena gastar energia e onde é preciso simplesmente soltar, deixar ir.


Porque viver também é isso: reconhecer que algumas felicidades são passageiras, e que tudo bem se forem. O que não pode ser passageiro é o cuidado com aquilo que nos habita — nossa mente, nossa alma, nosso coração.


Permitir-se recuar, pausar, desistir e recomeçar é, talvez, a mais bonita e honesta forma de seguir.


Por fora, já desistiu. Por dentro, sempre descobre alguma desculpa para recomeçar.

- Fabrício Carpinejar


Às vezes o mais difícil não é esquecer mas, em vez disso, aprender a recomeçar.

- Spencer Reid (Criminal Minds)


🌻A Verdade precisa ser dita!

Ir, sobretudo, em frente

Se estamos vivos, podemos recomeçar. O dia está na nossa frente esperando por nossas atitudes e ações, nos aguardando pelo melhor que podemos fazer. 

Na verdade, viver é sempre recomeçar, todo dia há um novo caminho a percorrer. Não apresse a chegada. Caminhe e observe. Acredite no recomeço de tentar fazer tudo dar certo.

Não pare! É importante seguir.

Ir, sobretudo, em frente!

“Decidi recomeçar a história. Entretanto preferi substituir o 'era uma vez' pelo 'é dessa vez’. ”

- Lucas Aurélio


🌻A Verdade precisa ser dita!

Não deixe para amanhã o que pode acontecer ainda hoje!

Já dizia William Shakespeare: “Quando a boca não consegue dizer o que o coração sente, o melhor é deixar a boca sentir o que o coração diz. ”

Portanto, apaixone-se e viva intensamente o amor que a vida lhe proporcionou, não deixe para amanhã o que pode acontecer ainda hoje.  Não espere pelo tempo, se está no teu coração, se está no outro coração, permita-se!

 “O amor é a única paixão que não admite nem passado nem futuro. ” 

- Honoré de Balzac

🌻A Verdade precisa ser dita!

Questionamentos

Muitas vezes passamos pela vida em busca de respostas para os nossos mais profundos questionamentos. Enxergamos, não raro, a própria existência como um grande questionário que nos deve todas as respostas — imediatas, claras, absolutas.


Mas… será mesmo assim?

Será que a vida tem obrigação de responder tudo?

Ou será que, na verdade, ela nos convida mais a compreender do que a obter respostas prontas?


Eu acredito que não há respostas completas para tudo. Mas há, sim, entendimentos possíveis. E esses entendimentos dependem única e exclusivamente da disposição do nosso coração — o quanto ele está aberto, receptivo e sensível para acolher o que a vida tenta, silenciosamente, nos ensinar.


Enquanto houver vida, haverá busca.

Haverá sabores e dissabores, encontros e desencontros, chegadas e partidas, fins e recomeços.

Porque viver é, essencialmente, esse movimento constante — uma dança entre o que se vai e o que fica, entre o que dói e o que cura, entre o que se perde e o que se aprende.


“Não chore porque acabou. Sorria porque aconteceu.”

— Ludwig Jacobowski


“As respostas que você procura estão sempre dentro do seu coração.”

— Autor Desconhecido


A verdade é que a vida não veio com manual de instruções, nem com garantia de compreensão total. Ela se faz no caminho, no passo, no tropeço, na pausa, no silêncio.


Talvez, no fim das contas, as perguntas sejam tão valiosas quanto — ou até mais — do que as próprias respostas. Porque é na busca que a gente cresce, aprende e se transforma.