A vida é um caminho de sombras e luzes. O importante é que se saiba vitalizar as sombras e aproveitar a luz. – Henri Bergson
Vivemos tempos estranhos, combalidos, atravessados por liturgias modernas e convergências que nos engolem sem que percebamos.
Estamos impregnados de coisas que são… e não deveriam ser.
Ser apenas “humano” já não basta. É preciso, urgentemente, agir de dentro para fora. É necessário desautorizar essa engrenagem invisível que normaliza o absurdo, que valida o ilícito disfarçado de progresso, que empacota e vende um manual de como não ser — não ser você, não ser inteiro, não ser real.
Nos desconectamos de nós mesmos.
Perdemos a autonomia sobre nossa própria existência.
E, sem perceber, nos tornamos reféns do pior que podemos ser.
Caminhamos, muitas vezes, no escuro —
um escuro não apenas físico, mas simbólico, existencial.
Nos perdemos no labirinto das falsas verdades, das aparências vazias, das promessas que nunca se cumprem.
E, assim, permitimos que as sombras encubram aquilo que, por essência, deveríamos preservar: a nossa luz, a nossa autenticidade, a nossa humanidade mais profunda.
Mas é preciso — e é possível — romper com esses processos adoecidos.
Se as palavras já parecem desgastadas,
se o discurso soa inútil,
então que seja o sentimento — aquele que ainda habita, silencioso, na alma e no coração — a força capaz de erguer novas pontes.
É preciso coragem para resgatar o que há de melhor em nós.
É preciso lucidez para perceber que, mesmo cercados de sombras, elas só existem porque, em algum lugar, há luz.
Temos que reverter esses processos fazendo como diz Ruth Renkel:
”Não há razão para termos medo das sombras. Apenas indicam que em algum lugar próximo brilha a luz. ”
Que sejamos, então, aqueles que escolhem acender luzes — dentro e fora.
Porque entre sombras e luzes, a vida é, sobretudo, escolha.
🌻A Verdade precisa ser dita!
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