Eu moro em mim.
E, sim, costumo deixar as janelas entreabertas…
Só o suficiente para que o sopro dos raros afetos entre,
mas sem jamais permitir que as tempestades me invadam.
A porta?
💢Essa…
Só se abre para poucos.
Muito poucos.
Todos os dias, caminho pelos meus próprios cômodos,
percorro os corredores da minha alma,
observo a vida pela varanda,
e, às vezes, me pego contemplando o mundo que segue lá fora —
distante, estranho, efêmero.
Mas as gavetas…
Ah… as gavetas…
Essas ainda não posso, não quero, não consigo abrir.
Porque sei: se as escancaro,
corro o risco de acabar morando dentro delas —
presa no que já foi, no que doeu, no que pesa e não cabe mais no agora.
“Você saberá que tomou a decisão certa quando sentir paz no coração.”
— Autor Desconhecido
Morar em si é entender que nem tudo precisa estar exposto,
que nem tudo precisa ser visitado o tempo todo.
Algumas portas servem pra proteger.
Algumas gavetas… pra guardar.
E algumas janelas…
Apenas para lembrar que o afeto ainda encontra espaço pra entrar.
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