quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

Apenas um retrato

A reflexão tem sido a base da minha vida. Um exercício constante, quase indissolúvel da minha existência.

Não sou dono da verdade — e, honestamente, ela não pertence a ninguém. Sou, como qualquer ser humano, um ser sujeito às falhas, aos tropeços, aos enganos… somos frágeis na essência, embora muitas vezes não queiramos admitir.


Somos complexos. Um emaranhado de sentimentos que se distribuem entre a alma e o coração.

Queremos tudo, buscamos tudo, desejamos tudo… e, no entanto, às vezes somos nada. Absolutamente nada.


Não digo isso pra desvalorizar a vida — pelo contrário. Digo porque ela é tão breve, tão frágil, que algumas coisas perdem totalmente o sentido.

E é aí que me pergunto, que te pergunto, que pergunto ao mundo: pra quê?

Pra que tanto orgulho?

Pra que inveja, soberba, vaidade, ciúmes, ganância, falsidade, arrogância, avareza?

Pra quê tudo isso, se o final, invariavelmente, será o mesmo pra todos nós?


A morte não faz distinções.

Ela não escolhe pela conta bancária, pela cor da pele, pelo cargo, pelo sobrenome, pelo prestígio ou pela aparência.

Na morte, somos todos iguais.

O mesmo destino aguarda o rico e o pobre, o preto e o branco, o patrão e o empregado, o famoso e o anônimo.


De repente… nos tornamos saudade.

Nos tornamos lembrança guardada no coração de quem nos amou.

Viramos lágrima que escorre no rosto de quem ficou.

Nos transformamos… num simples retrato.

Num quadro pendurado na parede de uma sala, de um quarto, de um jazigo… ou dentro de um porta-retrato esquecido em algum canto de qualquer lugar.


Talvez, se entendêssemos isso antes, a vida seria mais leve.

Menos disputa, mais afeto.

Menos ego, mais humanidade.


✨Reflexões Sobre o Sentido de Tudo

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