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terça-feira, 2 de junho de 2020

O professor, o aluno e o anelo

Venho aqui, professor, porque me sinto tão pouca coisa, que não tenho forças para fazer nada. Dizem-me que não sirvo para nada, que não faço nada bem, que sou lerdo e muito idiota. 
✨Como posso melhorar? 
✨O que posso fazer para que me valorizem mais?
O professor sem olhá-lo, disse:- Sinto muito meu jovem, mas não posso te ajudar, devo primeiro resolver meu próprio problema. Talvez depois. E fazendo uma pausa falou:- Se você me ajudasse, eu poderia resolver este problema com mais rapidez e depois talvez possa te ajudar.
- C…Claro, professor – gaguejou o jovem. Mas se sentiu outra vez desvalorizado e hesitou em ajudar seu professor.
O professor tirou um anel que usava no dedo pequeno e deu ao garoto e disse:
- Monte no cavalo e vá até o mercado. Devo vender esse anel porque tenho que pagar uma dívida. É preciso que obtenhas pelo anel o máximo possível, mas não aceite menos que uma moeda de ouro.Vá e volte com a moeda o mais rápido possível.
O jovem pegou o anel e partiu. Mal chegou ao mercado começou a oferecer o anel aos mercadores. Eles olhavam com algum interesse, até quando o jovem dizia o quanto pretendia pelo anel. Quando o jovem mencionava uma moeda de ouro, alguns riam, outros saiam sem ao menos olhar para ele. Só um velhinho foi amável a ponto de explicar que uma moeda de ouro era muito valiosa para comprar um anel. Tentando ajudar o jovem, chegaram a oferecer uma moeda de prata e uma xícara de cobre, mas o jovem seguia as instruções de não aceitar menos que uma moeda de ouro e recusava as ofertas. Depois de oferecer a joia a todos que passaram pelo mercado, abatido pelo fracasso montou no cavalo e voltou.
O jovem desejou ter uma moeda de ouro para que ele mesmo pudesse comprar o anel, assim livrando a preocupação de seu professor e assim podendo receber ajuda e conselhos.
Entrou na casa e disse: – Professor, sinto muito, mas foi impossível conseguir o que me pediu. Talvez pudesse conseguir 2 ou 3 moedas de prata, mas não acho que se possa enganar ninguém sobre o valor do anel.
- Importante, meu jovem – contestou o professor sorridente – devemos saber primeiro o valor do anel. Volte a montar no cavalo e vá até o joalheiro. Quem melhor para saber o valor exato do anel? Diga que quer vender o anel e pergunte quanto ele te dá por ele. Mas não importa o quanto ele te ofereça, não o venda. Volte aqui com meu anel.
O jovem foi até o joalheiro e lhe deu o anel para examinar. O joalheiro examinou o anel com uma lupa, pesou o anel e disse:- Diga ao seu professor, se ele quer vender agora, que não posso dar mais que 58 moedas de ouro pelo anel.
- 58 MOEDAS DE OURO!!! – exclamou o jovem.
- Sim, replicou o joalheiro, eu sei que com tempo eu poderia oferecer cerca de 70 moedas, mas se a venda é urgente…
O jovem correu emocionado até a casa do professor para contar o que ocorreu.
- Senta – disse o professor. E depois de ouvir tudo que o jovem lhe contou disse:- Você é como esse anel, uma joia valiosa e única. E que só pode ser avaliada por um expert. Pensava que qualquer um poderia descobrir o seu verdadeiro valor??? E dizendo isso voltou a colocar o anel no dedo.
- Todos somos como esta joia. Valiosos e únicos e andamos por todos os mercados da vida pretendendo que pessoas inexperientes nos valorizem.

Autor desconhecido

O Voo da águia (Releitura)

Dizem que a águia, senhora dos céus, carrega em si um dos maiores segredos da natureza: a longevidade. Pode viver até 70 anos, mas… não sem antes encarar uma dura escolha no meio do caminho.

Quando chega aos 40, seu corpo já não responde como antes.

O bico, antes afiado, se curva contra o peito.

As garras, longas e frágeis, já não seguram mais as presas.

As penas tornam-se pesadas, grossas, e o voo… Ah, o voo vira quase um suplício.

Então, a vida lhe oferece dois caminhos:

Desistir… ou mudar.

Se escolhe mudar, a jornada não é fácil.

Ela sobe até o topo de uma montanha, se recolhe.

Ali, num silêncio cheio de dor e coragem, começa seu ritual de transformação.

Primeiro, quebra o próprio bico, batendo-o contra a rocha.

Espera, paciente, que um novo nasça.

Com ele, arranca suas garras envelhecidas.

E quando as novas despontam, arranca uma a uma as penas pesadas, libertando-se do que já não a faz voar.

Cinco meses.

De dor. De espera. De recomeço.

E então, renascida, ela abre novamente suas asas.

O céu é todo dela outra vez.

Um voo de liberdade. Um voo de vida. Mais 30 anos pela frente.

— E nós?

Quantas vezes carregamos bicos curvados, garras que não seguram mais nada, e asas pesadas de passado, de mágoas, de velhos hábitos?

Às vezes, só nos resta subir a nossa própria montanha, silenciar, encarar as dores da mudança… e renascer.

A vida sempre cobra coragem.

Coragem de deixar para trás o que não serve mais.

Coragem de abrir mão do que pesa, do que trava, do que sufoca.

Porque, no fim, só quem tem coragem de se renovar, volta a voar.

Pense nisso!


Releitura do texto “A renovação da águia” (O VÔO DA ÁGUIA - Na decisão de uma ave, um ensinamento para nós)
- Autor Desconhecido

O rei e o sábio

Era uma vez… Um rei que morava num grande castelo.
Um dia, levantou-se apavorado. Havia tido um sonho terrível no qual teria perdido de uma só vez todos os dentes. Preocupado, ordenou:
- Chame o meu melhor sábio.
Em poucos minutos, lá estava o sábio diante do rei. Após contar-lhe o sonho terrível, ordenou-lhe:
- Diga-me, sábio, o que significa esse meu sonho?
O sábio pensou… pensou… pensou… e, virando-se para o rei, disse-lhe:
- Majestade, vai acontecer uma desgraça na sua família. Uma doença terrível vai invadir o castelo e morrerá o mesmo número de parentes tanto quanto for o número de dentes perdidos em seu sonho.
O rei, furioso, ordenou ao seu comandante da guarda que amarrasse o sábio no toco e lhe desferisse cem chibatadas diante de todos os súditos.
- Chame outro sábio, este é um idiota – ordenou aos gritos.
Logo, logo, lá estava o outro sábio diante do rei. Contando-lhe todo o sonho terrível, ordenou-lhe:
- Diga-me, sábio, o que significa esse sonho?
O sábio pensou… pensou… pensou… e, olhando nos olhos do rei deu um sorriso largo, disse:
- Vossa Majestade é realmente um iluminado, um protegido por Deus. O número de dentes que sonhou perder será o mesmo número de familiares que morrerão vítimas de uma doença terrível.
Mas, apesar de toda a desgraça do castelo, Vossa Alteza irá sobreviver são e salvo.
O rei, feliz da vida, ordenou que lhe entregassem cem moedas de ouro.
Quando este saía do palácio, um dos cortesãos lhe disse admirado:
- Não é possível! A interpretação que você fez foi à mesma que o seu colega havia feito. Não entendo porque ao primeiro ele puniu com cem chibatadas e a você ele recompensou com cem moedas de ouro.
- Lembra-te meu amigo – respondeu o adivinho – que tudo depende da maneira de dizer. Um dos grandes desafios da humanidade é aprender a arte de comunicar-se com sucesso. Da comunicação depende, muitas vezes, a felicidade ou a desgraça, a paz ou a guerra. Que a verdade deve ser dita em qualquer situação, não resta dúvida. Mas a forma com que ela é comunicada é que tem provocado, em alguns casos, grandes problemas. A verdade pode ser comparada a uma pedra preciosa. Se a lançarmos no rosto de alguém pode ferir, provocando dor e revolta. Mas se a envolvemos em delicada embalagem e a oferecemos com ternura, certamente será aceita com facilidade. A embalagem, nesse caso, é a indulgência, o carinho, a compreensão e, acima de tudo, a vontade sincera de ajudar a pessoa a quem nos dirigimos. Ademais, será sábio de nossa parte se antes de dizer aos outros o que julgamos ser uma verdade, dizê-la a nós mesmos diante do espelho. E, conforme seja a nossa reação, podemos seguir em frente ou deixar de lado o nosso intento. Importante mesmo é ter sempre em mente que o que fará diferença é a maneira de dizer as coisas…

Autor Desconhecido.

Pão com manteiga

Um casal tomava café da manhã no dia de suas bodas de prata.

A esposa, como todos os dias fazia, passou a manteiga na casca do pão e no miolo, mas desta vez ela mudou o ritual e entregou a casca do pão para o seu marido, ficando com o miolo do pão. Ela pensou:

“Sempre quis comer o miolo do pão, mas amo demais o meu marido e, por 25 anos, sempre lhe dei essa parte. Mas hoje quis satisfazer meu desejo. Acho justo que eu coma o miolo pelo menos uma vez na vida”.

Para sua surpresa, o rosto do seu marido abriu-se num sorriso sem fim e ele lhe disse:

“Muito obrigado por este presente, meu amor… Durante 25 anos, sempre desejei comer a casca do pão, mas como você sempre gostou tanto dela, jamais ousei pedir!”

Moral da história:

  1. Você precisa dizer claramente o que deseja, não espere que o outro adivinhe…
  2. Você pode pensar que está fazendo o melhor para o outro, mas o outro pode estar esperando outra coisa de você…
  3. Deixe-o falar, peça-o para falar e quando não entender, não traduza sozinho. Peça que ele se explique melhor…
  4. Esse texto pode ser aplicado não só para relacionamento entre casais, mas também para pais/filhos, amigos e mesmo no trabalho.

PS: Tão simples como um pão com manteiga!

Fonte: Textos Motivacionais
Autor Desconhecido