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Na sala silenciosa do consultório, o homem sentou-se pesadamente, os olhos carregados de uma luta invisível. O psicólogo, com um olhar calmo e atento, convidou-o a falar.
— Às vezes, eu me sinto completamente sozinho, mesmo rodeado por tanta gente — começou o homem, a voz trêmula. — Meu coração dispara, é como se ele não conseguisse encontrar um ritmo certo, e essa ansiedade me consome.
O analista inclinou-se levemente, sinalizando interesse sem interromper.
— A tristeza invade tudo que eu quero — continuou — como se uma escuridão dentro da minha mente quisesse roubar o pouco que resta de amor, paz e alegria.
Ele fez uma pausa longa, como se as palavras o vazassem.
— E é difícil controlar esses pensamentos que me dominam, que me fazem sentir prisioneiro de mim mesmo. As lágrimas caem sem pedir permissão, e eu me afogo nelas.
O psicólogo falou com voz serena:
— O que você sente agora é real e doloroso, mas também é uma parte da sua história. Essas emoções, por mais escuras que pareçam, não são um fim, são um chamado para buscar um caminho de volta à luz que você sente ter perdido.
O homem olhou pela janela, o olhar fixo no horizonte distante.
— Como encontrar essa luz? Quando tudo o que eu sinto é esse peso em meu peito?
— Encontrar a luz começa com pequenas ligações com o que ainda pulsa dentro de você — respondeu o analista. — O amor, a paz e a alegria podem parecer cativos, mas não estão perdidos. Podemos caminhar juntos para entender e libertá-los.
O homem respirou fundo, sentindo, talvez pela primeira vez, que sua escuridão não precisava ser enfrentada sozinho.
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