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sábado, 6 de setembro de 2025

🚌Não é o ônibus que anda — é a vida que vai embora

. . .

Apoio a cabeça no vidro e vejo o mundo partir.

Não é o ônibus que anda — é a vida que vai embora.

 

Cada rosto é uma história que não terei tempo de ler.

Cada rua, um capítulo que termina antes da primeira frase.

 

E eu aqui, inventando respostas para perguntas sem dono:

Para onde vão?

O que esperam?

Será que alguém se pergunta para onde eu vou?

 

A vida é breve demais para caber nos bolsos.

Orgulho, inveja, arrogância —

fios soltos em um tecido que rasga a cada segundo.

 

O tempo é um rio que não sabe voltar.

E nós, pedras sendo levadas.

 

No fim, só resta isso:

a paisagem correndo para longe,

enquanto eu tento agarrar o agora

com os olhos.

 


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