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Há dias em que tudo parece escuro. Não a escuridão da noite comum, mas aquela que se instala dentro da gente — silenciosa, densa, quase palpável. É nesses momentos que o tempo parece desacelerar, que os passos pesam mais e que até o ar parece mais difícil de respirar.
Mas há algo curioso sobre a escuridão: ela nunca é eterna.
A madrugada, por mais longa que pareça, sempre termina. E é justamente no instante em que o céu começa a mudar de cor — do preto profundo para o azul tímido, depois para o laranja vibrante — que percebemos o valor da luz. O nascer do sol não é apenas um fenômeno astronômico; é um lembrete diário de que tudo passa. De que, por mais que a noite tenha sido difícil, há beleza esperando para acontecer.
A escuridão nos ensina. Ela nos obriga a desacelerar, a olhar para dentro, a confrontar o que evitamos durante os dias claros. É nela que descobrimos forças que não sabíamos ter, que aprendemos a valorizar o calor de um abraço, a importância de uma palavra gentil, o poder de simplesmente continuar.
E quando finalmente o sol rompe o horizonte, não é apenas o mundo que se ilumina — é também a alma. Porque quem atravessa a noite com coragem, acorda com olhos mais sensíveis à beleza, com o coração mais aberto à esperança.
A luz que vem depois da escuridão não é só mais clara. Ela é mais significativa.
Então, se hoje tudo parecer sombrio, lembre-se: o sol está a caminho. E quando ele vier, será ainda mais bonito porque você soube esperar.
… o choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã.
Salmos 30:5b
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