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Há um lugar dentro de nós onde o medo se esconde — silencioso, mas presente. Ele se disfarça de prudência, de indecisão, de cansaço. Às vezes, veste a máscara da razão e diz: “não é o momento”. Outras, sussurra: “você não vai conseguir”. E nós acreditamos.
Carl Jung dizia que onde o medo estiver, ali está também a nossa tarefa. E talvez essa seja uma das maiores verdades da alma humana. Porque o medo não é o inimigo — é o mapa. Ele aponta, com uma precisão quase cruel, o caminho que mais evitamos: aquele que nos transforma.
O medo de amar revela a necessidade de aprender a entregar-se.
O medo de mudar esconde o desejo de viver algo novo.
O medo de falhar mostra o chamado para tentar de novo, com mais verdade.
Talvez coragem não seja ausência de medo, mas o gesto simples de avançar apesar dele. Um passo em direção àquilo que nos assusta é, também, um passo em direção àquilo que somos.
Então, se o medo aparecer, não fuja. Escute. Ele fala daquilo que importa.
Ali, bem ali — onde o coração acelera e as mãos suam — é onde a vida está pedindo passagem.
É lá que o seu verdadeiro caminho começa.
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