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Há dias que não se explicam.
O corpo acorda, mas a alma fica. O relógio anda, mas o tempo parece parado por dentro. A gente tenta — tenta sorrir, tenta ser produtivo, tenta acreditar — mas tudo parece um pouco mais pesado do que o normal.
E então vem o silêncio.
Aquele em que nem as palavras se atrevem a entrar. É quando percebemos que não é hora de resolver nada, de entender nada, de vencer nada. É só o tempo de existir — mesmo que cansado, mesmo que em suspenso.
Porque há dias que simplesmente pedem pausa.
Dias que a vida sussurra: “descansa, não é hoje que se vence o mundo”, ou ainda, “Hoje não deu. Amanhã eu tento de novo.”
E tudo bem.
Porque tem dias que só no outro dia mesmo — quando o sol volta, o peito abre um pouco, e o coração lembra que sabe recomeçar.
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