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Vivemos em um mundo que aplaude quem corre, quem chega primeiro, quem não espera. Mas há uma diferença sutil — e poderosa — entre andar depressa e caminhar com propósito. Às vezes, o que parece atraso é apenas o tempo certo das coisas se encaixando silenciosamente, fora do nosso controle.
A pressa costuma confundir o caminho. Ela faz a gente olhar mais para o relógio do que para o horizonte. Faz esquecer que há flores que só desabrocham quando o sol aparece em um ângulo específico, e que há frutos que amadurecem apenas quando o vento muda de direção. Nenhuma estação se apressa — e, ainda assim, todas cumprem seu destino.
Demorar não é perder-se. É permitir que o processo aconteça. É entender que cada passo, mesmo os lentos, ensinam algo. Quem tem rumo sabe esperar. Sabe que, por mais longa que pareça a estrada, é o caminhar que molda a alma, não a chegada.
Porque o tempo de Deus não atrasa, apenas amadurece.
E o que nasce no tempo certo, permanece.
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