A vida, às vezes, parece um grande campo de batalhas invisíveis. São palavras atravessadas, julgamentos disfarçados, olhares que pesam mais do que deveriam. E, quase sem perceber, entramos no modo automático de responder, rebater, explicar, provar. Como se precisássemos o tempo todo justificar quem somos, o que sentimos, o que escolhemos.
Mas quer saber? Nem tudo merece resposta.
Nem todo comentário merece sua energia. Nem toda provocação precisa ser
abraçada. Nem todo desconforto precisa ser transformado em guerra.
Às vezes, o caminho mais inteligente, mais leve e mais maduro é
simplesmente… deixar pra lá. Respirar fundo. Soltar. Não carregar.
É entender que o silêncio também é resposta. Que não reagir não é
fraqueza — é autocuidado. É escolher não se intoxicar com aquilo que não te
constrói, não te acrescenta e não te leva pra lugar nenhum, além do desgaste.
Deixar pra lá não é ignorar sua verdade, muito menos ser conivente com o
que te fere. É só perceber que gastar vida tentando mudar o que não cabe mais
em você é um desperdício enorme de paz.
E, no fim das contas, a gente não veio pra essa vida pra carregar pesos
que não são nossos. Veio pra viver. Pra aprender. Pra se permitir respirar mais
leve, olhar mais pra dentro, cuidar mais de si.
Então, da próxima vez que algo te tirar do eixo, pergunta pra si mesmo:
“Isso merece mesmo meu desgaste? Ou eu posso só respirar, soltar e seguir
em paz?”
Às vezes, o maior ato de amor-próprio é simplesmente escolher a paz. E
seguir.
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