A gente acorda todos os dias com planos na cabeça e dúvidas no coração. São escolhas, caminhos, medos que nem sempre sabemos nomear. Há momentos em que tudo parece frágil demais — como se bastasse um sopro para desmoronar aquilo que mal conseguimos construir.
E é aí que entra ela: a fé.
Não estou falando daquela fé grandiosa, que se grita aos quatro ventos ou se exibe em altares dourados. Falo da fé silenciosa. Aquela que mora dentro da gente e resiste mesmo quando tudo ao redor parece ruir. Aquela que diz “vai” quando o medo quer dizer “fica”. Que insiste quando a razão já cansou de tentar.
Porque as incertezas são muitas. Elas vestem mil formas: a resposta que não veio, o emprego que não chegou, o amor que não deu certo, o futuro que ninguém sabe como será. Mas a fé… ah, a fé tem uma força que desafia lógica, estatística, previsão do tempo e opinião dos outros.
Ter fé é continuar andando no escuro, confiando que em algum momento a luz aparece. É acreditar que o que não aconteceu ainda pode acontecer — do seu jeito, no seu tempo, e por um motivo maior do que conseguimos entender agora.
A fé não é ausência de dúvidas. É justamente o oposto: é seguir, mesmo com elas. É confiar que há algo maior cuidando de cada detalhe, mesmo quando tudo parece fora do lugar.
Por isso, que a fé seja sempre mais forte que todas as nossas incertezas.
Porque, no fim, é ela quem segura nossa mão quando o mundo parece solto demais.
É ela que nos lembra que há um caminho — mesmo quando não vemos onde ele dá.
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