Às vezes, tudo parece escuro. E não falo apenas da falta de luz no fim do túnel — falo daquele breu interno, aquele cansaço que não tem nome, aquele peso que ninguém vê, mas que insiste em apertar o peito.
É fácil, nesses momentos, acreditar que somos pequenos demais, frágeis demais, incapazes demais. O mundo, com seus ruídos, suas cobranças e suas urgências, adora nos fazer acreditar que não somos suficientes. Que a gente precisa ser mais, fazer mais, ter mais. Que o que somos nunca basta.
Mas… e se bastar?
E se, justamente agora, no meio desse escuro, você descobrir que não está procurando a luz — porque você é a luz?
Pode parecer discurso de autoajuda, dessas frases feitas que piscam nas redes sociais. Mas não é. É só um lembrete simples, humano, real. Você carrega em si uma potência que, muitas vezes, nem percebe. Uma palavra sua pode ser abraço pra quem está desmoronando por dentro. Um gesto seu pode ser âncora pra quem se sente à deriva. Um sorriso seu pode acender uma fresta de esperança no dia cinza de alguém.
O problema é que a gente subestima o próprio brilho. Acha que ser luz é coisa pra quem tem palco, holofote, medalhas, seguidores. E não é. Ser luz é coisa de quem, mesmo em silêncio, escolhe não apagar a própria essência.
Ser luz é escutar quando todo mundo grita. É acolher quando todo mundo julga. É estender a mão quando todo mundo vira o rosto. É, muitas vezes, continuar mesmo quando tudo dentro de você quer parar.
E não, não é sobre positividade vazia. Não é fingir que está tudo bem quando não está. É sobre reconhecer que, apesar do caos, apesar das falhas, apesar dos dias ruins, você pode sim ser diferença. Na sua vida e na vida de quem te rodeia.
Se tudo parecer escuro, olhe de novo. Respire fundo. Talvez não falte luz. Talvez você só tenha esquecido que é ela.
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