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quinta-feira, 28 de agosto de 2025

💪🏻A Coragem que Faltou!

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Há uma frase que ecoa como um sussurro incômodo nas esquinas da consciência: “O mundo estaria salvo se os homens de bem tivessem a mesma ousadia dos canalhas.” Benjamin Disraeli não escreveu isso como quem joga palavras ao vento. Ele cravou uma ferida.

Vivemos tempos em que a decência parece tímida. O homem honesto pede licença, enquanto o desonesto invade. O justo pondera, o injusto grita. E assim, o mundo vai sendo moldado não pela maioria silenciosa dos bons, mas pela minoria barulhenta dos ousados sem escrúpulos.

Mas por que os bons hesitam? Talvez porque confundem coragem com arrogância, firmeza com agressividade. Talvez porque foram ensinados que o bem se faz em silêncio, que a virtude não precisa de palco. Só que o palco está ocupado — e não por quem merecia os aplausos.

A ousadia dos canalhas é estratégica. Eles não pedem permissão para ocupar espaços, para influenciar decisões, para manipular narrativas. Enquanto isso, os homens de bem esperam o momento certo, o consenso, a aprovação. E o tempo passa. E o mundo se curva.

Não se trata de transformar o bem em grito, mas de dar-lhe voz. De entender que a ética não precisa ser tímida, que a integridade pode — e deve — ser combativa. Que a gentileza não é sinônimo de passividade.

Talvez o mundo não precise de mais heróis, mas de bons que não se escondam. Que tenham a ousadia de se posicionar, de agir, de enfrentar. Porque quando o bem se cala, o mal faz discurso.

E no fim, o que salva o mundo não é a ausência do mal, mas a coragem do bem.

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