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Dizem para viver o dia
como se fosse o último.
Mas quem acorda pensando
que a vida vai terminar ao anoitecer?
Se eu soubesse,
talvez não corresse tanto,
talvez andasse descalço
na rua que sempre apressei.
Talvez olhasse nos olhos
de quem só olhei por cima.
Mas não sei,
talvez eu apenas chorasse,
ou talvez risse da pressa
que sempre me fez perder o agora.
O último dia é um mistério
que carregamos no bolso,
como um bilhete sem data.
Por isso, dizem:
“Viva todos os dias como se fosse o último.”
Não para esgotar,
mas para sentir.
Não para gastar,
mas para existir.
Porque um dia,
sem aviso,
o bilhete será aberto.
E espero que,
quando isso acontecer,
eu não esteja devendo
momentos a mim mesmo.
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