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EU NÃO COBRO MAIS NADA DE NINGUÉM, ATÉ PORQUE NÃO TÔ LIDANDO COM CRIANÇA. TODO MUNDO SABE O QUE É CERTO OU ERRADO, TA ACHANDO CERTO, CONTINUA FAZENDO!
Não é raiva. É cansaço. Um cansaço que não grita — apenas fecha a porta devagar e segue. A fala direta, quase ríspida, escancara uma verdade incômoda: a responsabilidade é individual. E cobrar dos outros aquilo que não pode ser ensinado por cartilha, muito menos imposto por decreto emocional, virou peso demais para quem não quer mais bancar o juiz da maturidade alheia.
Quem diz “não tô lidando com criança” não está negando afeto, mas delimitando um território. É o limite de quem já tentou, já explicou, já esperou, e agora escolhe não insistir. Porque ser adulto, mais do que pagar boletos, é responder por suas escolhas sem terceirizar culpa ou consciência.
A crônica ecoa nos corredores da convivência: cada um sabe o que faz — e, se acha certo, que arque com o resultado. A vida, afinal, não dá troféu por coerência, mas cobra caro por falta dela.
E talvez, só talvez, essa indiferença não seja frieza. Seja libertação.
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