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Sem entender a si mesmo, qual é a utilidade de entender o mundo? - Sri Ramana Maharshi
É curioso como gastamos tanto tempo tentando decifrar o mundo — suas regras, crises, movimentos e mistérios — mas raramente voltamos o olhar para o território mais íntimo e complexo: nós mesmos.
Podemos acumular mapas, teorias, livros e opiniões sobre tudo o que está fora, mas se não sabemos quem somos, quais são nossas motivações, medos, valores e limites, essa compreensão externa se torna frágil, quase decorativa. É como aprender todos os idiomas do planeta, mas não entender a própria voz.
Sri Ramana Maharshi nos lembra que a busca pelo sentido começa no centro, e não nas bordas. Quando nos conhecemos, o mundo deixa de ser apenas cenário e se torna diálogo. O que vemos lá fora ganha profundidade, porque já não olhamos apenas com os olhos, mas também com a consciência de quem somos.
Entender a si mesmo não é se fechar para o mundo — é, na verdade, a única maneira de realmente se abrir para ele. Afinal, de que adianta interpretar as estrelas, se nem sabemos qual é a nossa própria órbita?
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