. . .
Sempre ouvi dizer que rir é o melhor remédio. E, por muito tempo, duvidei. Afinal, como uma gargalhada poderia curar feridas que nem os remédios mais caros conseguem tocar? Como o riso poderia resolver a dor de uma perda, o peso da saudade, a angústia de um futuro incerto?
Com o tempo, percebi que a frase não falava de cura, mas de alívio. Rir não resolve a conta atrasada, nem traz de volta quem partiu. Mas, por alguns segundos, faz a vida parecer menos pesada. Uma piada inesperada, um tropeço engraçado, um meme bobo no meio do caos — tudo isso age como um analgésico para a alma cansada.
O riso não muda a realidade, mas muda o olhar. Ele não apaga a tempestade, mas abre uma fresta de sol por entre as nuvens. E, às vezes, é só isso que precisamos: um instante para respirar e lembrar que a vida, apesar de dura, ainda sabe ser leve.
No fundo, rir é um lembrete: a dor não é eterna, o problema não é absoluto, e dentro de nós ainda existe espaço para a alegria. Então, quando tudo parecer desmoronar, permita-se um sorriso — mesmo pequeno, mesmo tímido. Ele não vai consertar o mundo, mas pode consertar o seu dia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário