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segunda-feira, 7 de julho de 2025

🚫Que Não Tenhamos Medo de Parar

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Num mundo que gira cada vez mais rápido, onde a pressa virou padrão e a produtividade, medalha de honra, parar é quase um ato de rebeldia. As pessoas correm. Correm para chegar, para vencer, para não ficar para trás. Correm até de si mesmas. E nessa correria sem fim, vão deixando pedaços pelo caminho: o sorriso do filho, o café sem pressa, o pôr do sol pela janela, o silêncio que conforta.

Mas parar não é sinônimo de fracasso. Parar é escutar. É permitir-se sentir. É perguntar a si mesmo: “É isso mesmo que eu quero?” — e ter tempo de ouvir a resposta.

Quantas vezes ignoramos os sinais? A mente cansada, o corpo pedindo descanso, o coração exausto de tanto se calar. E seguimos. Porque parar parece perder. Parece fraqueza. Parece irresponsável.

Mas a verdade é o oposto.

Parar é sinal de sabedoria. É olhar em volta e perceber que a vida não é uma linha reta. É curva, é pausa, é respiração entre um passo e outro. Quem para, se escuta. Quem para, se percebe. E quem se percebe tem mais chance de viver uma vida que faz sentido — e não apenas uma que se aguenta.

Por isso, que não tenhamos medo de parar.

De sentar na varanda.

De deixar o celular de lado.

De dizer “não posso agora, estou cuidando de mim”.

De silenciar o barulho lá fora para ouvir o que pulsa aqui dentro.

Num mundo apressado, quem para, vive.

E talvez, só talvez, seja isso que estejamos todos precisando:

viver — de verdade.

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