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A vida não é tão longa quanto a gente imagina quando tem vinte anos, nem tão curta quanto parece quando se olha para trás aos cinquenta. Mas, em qualquer idade, ela sempre pede a mesma coisa: coragem para ser quem se é. E, sobretudo, coragem para não viver em função do que os outros vão pensar.
Quantas vezes você deixou de vestir aquela roupa que amava, de postar aquela foto espontânea, de dizer o que realmente sentia, com medo de parecer “fora do tom”? Quantas vezes se segurou, tentando se encaixar em expectativas alheias que, no fundo, nem tinham rosto — só ecoavam como sombras do que esperavam que você fosse?
A verdade é que viver de verdade é um ato de equilíbrio. Não é correr desenfreado, nem andar tão devagar que a vida passe sem que se note. É encontrar o passo certo — aquele entre o “não ter pressa” de quem sabe que tudo tem seu tempo, e o “não perder tempo” de quem sabe que o tempo também não espera.
Existe uma diferença entre prudência e paralisia. Entre ponderar e postergar. Viver é caminhar na tênue linha que separa a liberdade da distração. E, principalmente, é escolher viver por si, e não pelas opiniões do mundo.
Porque, no fim das contas, ninguém vive a sua vida por você. Ninguém acorda no seu corpo, nem sente com o seu coração. E quando o dia termina, é no seu travesseiro que repousam suas decisões — ou a falta delas.
Então, permita-se. Errar, tentar, ousar. Dizer sim quando o mundo grita não. Dizer não quando tudo parece exigir um sim automático.
A vida é curta. Mas, bem vivida, ela é imensa.
E não há tempo a perder tentando agradar plateias invisíveis.
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