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quinta-feira, 10 de julho de 2025

🙏🏻Fé não se mede, se vive

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Fé é dessas coisas que não cabem em fórmulas, tampouco em disputas. Ela nasce num lugar tão profundo que, muitas vezes, nem sabemos explicar. Só sentimos. Fé é quando tudo parece desabar e, ainda assim, você permanece de pé. É aquela voz silenciosa que diz: “Vai passar”, mesmo quando tudo à sua volta grita o contrário.

Eu acredito em Deus. E, para mim, Ele é supremo. Criador dos céus, da terra e de tudo que há em mim. É d’Ele que vem minha esperança, minha direção, meu fôlego em dias difíceis. Deus não é apenas uma ideia — é presença. É o abraço invisível que já me sustentou quando ninguém mais soube que eu estava caindo. É resposta em forma de silêncio, milagre em forma de detalhe.

Mas o que me toca na fé não é só a certeza do Deus que habita em mim. É também o respeito por aquilo que habita no outro. Porque, se a minha fé me ensina amor, como posso usar esse mesmo nome para condenar, julgar ou excluir? Fé que agride não vem de Deus. Porque Ele, soberano como é, não precisa de defensores violentos — precisa de corações dispostos a amar como Ele ama.

A fé verdadeira não se impõe. Ela convida. Não aponta o dedo — estende a mão.

É claro que eu acredito na supremacia de Deus, no Seu poder incomparável e na Sua palavra viva. Mas também compreendo que há quem trilhe caminhos diferentes, com dúvidas, outras crenças, outras buscas. E tudo bem. A fé não precisa uniformizar — ela precisa humanizar.

Respeitar quem acredita diferente não é relativizar a própria fé. É entender que o mesmo Deus que me alcança com misericórdia também pode surpreender o outro com graça. Ele é maior do que os nossos rótulos, nossos dogmas, nossos limites.

No fim, a fé que vale é a que nos transforma por dentro — e nos faz olhar o outro com compaixão, não com soberba.

Porque Deus não precisa ser provado. Ele só precisa ser vivido. E quando é, ah… quando é de verdade… Ele transborda. Em silêncio. Em amor. Em paz.

E isso, ninguém precisa concordar. Basta sentir. 

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