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Há quem diga que a vida já vem com um roteiro escrito. Que tudo está traçado, premeditado, destinado. Que as falas foram ensaiadas nos bastidores do universo e as cenas se desenrolam como capítulos já prontos. Mas… e se não for bem assim?
E se o roteiro se cria?
E se a vida for mais como uma página em branco esperando pelas nossas escolhas? Um palco improvisado onde tropeços viram coreografias e silêncios, pausas dramáticas. Um lugar onde cada sim, cada não, cada talvez escreve uma nova linha, altera o rumo da história e muda até o desfecho?
Há dias em que acordamos protagonistas, decididos, de fala firme. Em outros, somos figurantes no nosso próprio enredo, observando a vida passar da plateia. E tudo bem. Porque criar um roteiro não exige perfeição. Exige presença.
O roteiro se cria quando você diz “bom dia” a quem não esperava mais ouvir a sua voz. Quando desiste de um caminho e descobre outro que faz mais sentido. Quando perdoa alguém – ou a si mesmo – e a cena, antes escura, se ilumina. Se cria quando você aceita reescrever o que achava definitivo. Quando decide amar sem garantias ou partir sem certezas.
Há capítulos que serão curtos, outros longos demais. Alguns serão escritos com lágrimas, outros com gargalhadas. Mas todos serão seus. E essa é a beleza: não estamos presos a um roteiro pronto — somos autores em construção.
Então, se hoje o dia parece meio sem sentido, lembre-se: o roteiro não está finalizado. O desfecho ainda pode mudar. O próximo parágrafo pode ser surpreendente.
Porque, sim… o roteiro se cria. E ele pode ser mais bonito do que você jamais imaginou.
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