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“É preciso saber viver” — essa frase ecoa como um sussurro persistente nos ouvidos e repousa, incômoda e sábia, nos pensamentos. A vida é complexa. Complicada do início ao fim. Cada ser carrega em si uma narrativa única, feita de silêncios e tempestades, de recomeços e despedidas.
Ninguém atravessa a existência sem ser tocado. Uns enfrentam furacões, outros apenas ventos brandos, e há quem caminhe quase invisível, sem deixar pegadas profundas no tempo. Mas todos, em algum momento, sentem o peso ou a leveza de viver.
A história da humanidade é uma coleção de vidas — cada uma com sua verdade, seus traumas, suas conquistas. E, embora os momentos bons existam, é comum que os desafios deixem marcas mais profundas. As dores moldam, definem, ensinam. Elas falam mais alto nas estatísticas da alma.
Há quem tente explicar o inexplicável, filosofar sobre o mistério da existência, propor teorias para aquilo que parece não ter lógica. Mas a verdade é que a vida, por si só, nem sempre é justa. Nem sempre é coerente. E, frequentemente, desafia qualquer tentativa de compreensão.
Ainda assim, seguimos. Porque somos feitos de busca. Vivemos na ânsia de crescer, entender, sentir — de encontrar sentido mesmo quando tudo parece ruir. A vida não para por causa do caos; ela avança. Passa por cima dos instantes bons e ruins, com a mesma pressa com que amanhece depois da escuridão.
E mesmo diante da dureza, é preciso continuar. Seguir em frente, mesmo aos pedaços. Viver e vivenciar. Ganhar e perder. Sorrir e chorar. Agradecer e lamentar. Silenciar e gritar. Acreditar e duvidar. Amar e odiar.
Porque, no fim, viver é isso: um confronto constante entre extremos. Uma travessia que exige coragem para persistir — da primeira respiração até o último suspiro.
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