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domingo, 20 de julho de 2025

🌀Tem pouco que é tão tanto!

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Às vezes, a vida nos pede para desacelerar, olhar para dentro e perceber que o que, em um primeiro momento, parece ser pequeno, é na verdade imenso. A correria do dia a dia nos faz acreditar que só o grandioso importa, que só o que é imensurável tem valor. Mas, e se a grandeza estivesse nas pequenas coisas?

Pense em um sorriso que não se espera, em um gesto de carinho que não é pedido, em um momento de silêncio compartilhado. Tais instantes podem ser tão simples quanto uma palavra sussurrada ao ouvido ou uma xícara de café oferecida sem que se precise pedir. E, no entanto, esses momentos são carregados de significados, de atenção e de cuidado. Em seu pequeno tamanho, são maiores do que muitos eventos grandiosos.

Às vezes, o mundo nos engana, nos fazendo acreditar que precisamos de mais. Precisamos de mais sucesso, mais reconhecimento, mais conforto. Mas e se o que precisamos já estiver à nossa volta, só que em uma forma compacta, silenciosa, humilde? Não há tanto no que é tanto. Pode ser que o pouco, aquele pedaço de realidade discreta e quase despercebida, seja o suficiente para nos preencher de uma forma que o vasto nunca será capaz de fazer.

Parece contraditório, mas a verdade é que, em muitos casos, temos o que precisamos bem à nossa frente, disfarçado de pouco. Como aquele sorriso que muda o nosso dia, ou aquele abraço apertado que nos faz sentir amados e completos. Talvez, no fundo, o segredo esteja em reconhecer que o pouco é tão tanto, porque ele é genuíno, é do nosso tamanho.

O que precisamos, afinal, não são montanhas de coisas ou promessas vazias. Precisamos de momentos que toquem nossa alma, que aquecem nosso coração. E esses momentos, em sua simplicidade, são mais poderosos do que qualquer grande feito. Porque o que é realmente importante, o que realmente faz diferença, se revela no que é simples, no que é discreto, no que parece ser pouco, mas é tanto.

E talvez, no fim das contas, seja isso que a vida espera de nós: a capacidade de ver o imenso no mínimo, o extraordinário no ordinário, o tanto no pouco.

E, talvez, seja isso que faça toda a diferença.

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