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quinta-feira, 10 de julho de 2025

🤔O Enigma da Existência: Entre a Fé e a Razão

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A existência de um Deus criador e supremo é um dos debates mais antigos e complexos da humanidade, um tema que ecoa através dos séculos, dividindo e unindo mentes. Para muitos, a ideia de um ser onipotente não passa de uma fantasia, uma fábula tecida pela imaginação humana, talvez nascida da mente brilhante de algum pensador ancestral. Eles veem na racionalidade e na lógica a única bússola para navegar o presente, negando qualquer crença que não possa ser tocada, vista ou provada. Para esses, a figura de um ser supremo é uma construção, uma lenda transmitida através das gerações, alimentada por aqueles que, superando adversidades pela força da fé, criaram um mito em torno do inexplicável.

Há, contudo, aqueles que se sentem incomodados com a ideia de ceder sua própria "divindade" a um ser que é, por definição, o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. A complexidade intrínseca à experiência humana é, sem dúvida, um terreno fértil para essa discussão. Alguns anseiam por provas concretas, por evidências palpáveis que justifiquem a crença. Outros, por sua vez, são movidos puramente pela fé, abraçando o impossível que se torna real em suas vidas. Para eles, a fé não é uma fuga da realidade, mas uma força propulsora que molda o existir.

O Propósito Além do Fim?

É um direito inalienável de cada indivíduo traçar seu próprio caminho, atribuir significado e vincular seus sentimentos à fé ou religiosidade que lhe confere sentido e razão para entender sua própria existência. E eu, em meu humilde lugar, respeito profundamente cada escolha.

Mas, então, a reflexão se aprofunda e uma pergunta inquietante emerge: Que lógica haveria em nossa jornada se, no momento da partida, simplesmente deixássemos de existir, caminhando para o nunca mais? Para que tanto esforço, tantas batalhas travadas ao longo da vida? Para que a busca incessante por alcançar sonhos, por realizar anseios que parecem tão vitais? Para que o ato de projetar um futuro melhor, de construir para um bem maior, se tudo culmina no absoluto desaparecimento?

Para que, afinal, existir se estamos fadados a desvanecer para sempre? Qual o sentido de tanta evolução, de toda a inteligência e consciência que acumulamos? Seria apenas para deixar um legado para as futuras gerações? Se sim, não seria isso uma espiral sem fim, uma busca contínua por algo que sempre aguarda a partida de outro alguém? A ideia de uma existência sem um propósito transcendente, onde o fim é apenas o nada, parece, de certa forma, desprovida de um sentido profundo. Não haveria uma "lógica" maior por trás de tudo, um elo que conecta o antes e o depois, a vida e a "partida"?

Essas são as indagações que nos assombram e nos movem. São as perguntas que, mesmo sem respostas definitivas, nos impulsionam a buscar um significado para a complexidade da nossa breve, mas intensa, passagem.

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