A frase de Charles Spurgeon nos conduz a uma profunda consciência da nossa fragilidade espiritual: “Não há parte do nosso coração, quente demais ou sagrado demais para que o pecado não se intrometa lá.” Essa declaração nos lembra que o pecado não respeita fronteiras emocionais, memórias santas ou intenções nobres. Ele é sutil, sorrateiro, e muitas vezes se infiltra nos lugares onde nos sentimos mais seguros.
A Bíblia já nos alerta sobre essa realidade. Em Jeremias 17:9, lemos:
“Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?”
Isso significa que até mesmo nossas melhores intenções podem ser contaminadas se não forem constantemente entregues e purificadas pelo Espírito Santo.
Mesmo Pedro, discípulo tão próximo de Jesus, caiu na armadilha de negar o Mestre (Lucas 22:61-62), mostrando que nem mesmo o amor genuíno por Deus nos torna imunes à tentação. É por isso que Paulo exorta em 1 Coríntios 10:12:
“Aquele, pois, que pensa estar em pé, veja que não caia.”
A única resposta eficaz a essa realidade é vigilância e dependência da graça. Em oração, precisamos sempre pedir:
“Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto.” (Salmos 51:10)
Conclusão:
O pecado não respeita afetos nem devoções. Ele tenta corromper até o que há de mais sagrado em nós. Mas há uma esperança: em Cristo, temos poder para resistir. Por isso, vigiar, orar e permanecer humildes diante de Deus são chaves para manter nosso coração alinhado ao trono da graça — onde nem o pecado ousa tocar.
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