A vida, sabemos bem, não é simples. Ela é feita de curvas inesperadas, encontros e desencontros, desafios internos e externos. Mas entre as tantas decisões que precisamos tomar, há uma que pode aliviar o peso de muitas dores: escolher quem também nos escolhe.
Parece óbvio — e até romântico —, mas é uma atitude que carrega profundidade emocional e maturidade afetiva. Em um mundo em que o egoísmo se disfarça de liberdade, e o interesse se confunde com afeto, continuar insistindo em laços unilaterais é desperdiçar energia vital. É como tentar encher um copo furado: você dá, doa, transborda… e continua vazio.
Escolher quem te escolhe não é um ato de vaidade, mas de dignidade. É reconhecer que o afeto verdadeiro precisa ser recíproco, sustentado por gestos, presença e vontade mútua de permanecer. Não se trata de esperar perfeição ou idealizações, mas de aceitar que qualquer vínculo saudável exige dois lados comprometidos.
Há quem insista em permanecer onde não é prioridade, em lutar por atenção que nunca vem, ou em se moldar para caber em afetos apertados. Mas a verdade é que se você precisa se diminuir para caber na vida de alguém, esse alguém não está te escolhendo — está apenas te permitindo ficar enquanto for conveniente.
A vida já traz seus próprios desafios: contas, dores, perdas, responsabilidades. Por isso, escolher relacionamentos que também te escolhem não é luxo — é sobrevivência emocional. Quando somos vistos, acolhidos e respeitados, nossa caminhada se torna mais leve, mesmo nos dias difíceis.
Portanto, olhe ao redor. Perceba quem te escuta com o coração, quem se importa de verdade, quem fica quando é mais fácil ir. Essas pessoas valem a caminhada. Essas conexões fazem a vida, apesar de tudo, ser mais simples.
Não se perca tentando conquistar quem nunca enxergou o que você tem de mais bonito.
Escolha quem te escolhe.
E a vida, mesmo complexa, se torna mais fácil de viver.
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