Uma das coisas mais importantes da vida, embora nem sempre pareça, é saber escolher a vida que nos faz felizes. E digo “saber” porque, por mais simples que essa frase pareça, ela guarda um mundo de complexidade dentro de si.
A verdade é que, desde cedo, somos ensinados a agradar. A corresponder. A seguir. A cumprir expectativas alheias como se fossem mapas certeiros para a nossa felicidade. Mas, com o tempo — e com a vida — percebemos que a felicidade não é um ponto de chegada, nem um pacote pronto entregue por convenções sociais. Ela é escolha. É direção. E, muitas vezes, é coragem.
Optar pela vida que te faz feliz não é um ato egoísta, como muitos insistem em dizer. É um ato de amor-próprio. É o momento em que você para de justificar suas vontades, de pedir permissão para ser quem é, e começa a construir uma existência que tenha sentido dentro da sua alma, e não só dentro das vitrines do mundo.
É abrir mão do que não te acrescenta. É encerrar capítulos em que você é apenas figurante da própria história. É entender que algumas felicidades são silenciosas, discretas, quase invisíveis aos olhos de quem não vive dentro de você.
Claro, isso não significa viver sem responsabilidades, sem vínculos ou sem pensar nos outros. Mas significa, sim, colocar-se no roteiro da sua própria vida. Não como espectador, mas como protagonista.
A vida é breve demais para ser ensaiada. E longa demais para ser vivida no desconforto de uma escolha que não é sua.
Portanto, se puder escolher — e quase sempre pode —, opte por uma vida que te abrace, te inspire, te liberte e, sobretudo, te faça feliz. Mesmo que o caminho seja incerto. Mesmo que outros não compreendam.
Afinal, ninguém vive a sua vida por você. Então que ela seja, ao menos, digna da sua verdade.
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