Há um tipo de conversa que não é diálogo — é julgamento disfarçado.
Você fala, mas do outro lado não há escuta, só uma espera impaciente pelo momento de rebater.
Você tenta explicar, mas tudo já foi decidido antes mesmo da sua primeira palavra.
E não importa o que diga: a sentença está dada, o veredito já está gravado na pedra do preconceito.
Gastar tempo tentando convencer quem já escolheu o que quer acreditar é como tentar plantar em solo seco: não floresce.
Porque há pessoas que não querem entender — querem ter razão.
E diante disso, o melhor que você pode fazer é recuar com dignidade.
Não como quem desiste, mas como quem escolhe preservar sua paz.
Nem tudo precisa ser explicado.
Nem todo silêncio é fraqueza.
Às vezes, o maior gesto de sabedoria é deixar que pensem o que quiserem, enquanto você segue leve, sabendo quem é — e o que carrega no coração.
Afinal, o tempo que se perde tentando provar algo para quem não quer ouvir poderia estar sendo usado para crescer ao lado de quem realmente escuta.
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