Tem dias em que a gente não precisa de aplausos, curtidas ou testemunhas. Basta o silêncio. E dentro dele, aquela sensação boa que vem de quem sabe que não se traiu. Que não precisou se curvar, mentir, calar o que doía ou vestir uma máscara para caber em algum lugar.
É um tipo de paz que não se compra, não se explica e nem se empresta. Só se sente.
É quando você percebe que, mesmo com todos os caminhos fáceis ao redor, escolheu o mais difícil: o da verdade. Mesmo que ela doesse. Mesmo que significasse ficar sozinho por um tempo. Mesmo que ninguém entendesse. E ainda assim… você foi. Foi com medo, foi com dúvida, foi com o coração na mão — mas foi.
Tem gente que vai embora da vida da gente quando a gente escolhe ser fiel a si mesmo. Tem lugar que se fecha, oportunidades que escapam, elogios que minguam. Mas, em compensação, a alma agradece. E é ela quem fica quando tudo o resto passa.
Ser fiel aos próprios princípios não é sobre ser perfeito. É sobre ser honesto consigo. É recusar se moldar para agradar. É não vender a própria essência por troco de aceitação. É ter a coragem de dizer “isso não sou eu” — mesmo quando todo mundo diz que está tudo bem fingir.
E, olha, tem coisa mais bonita do que se olhar no espelho e se reconhecer?
No fim do dia, entre o que disseram e o que pensaram, o que vale mesmo é o que você sente quando deita a cabeça no travesseiro. E se o que sente é essa serenidade de ter se mantido inteiro… então, meu caro, você venceu. Sem precisar competir. Sem precisar provar nada pra ninguém.
A fidelidade a si mesmo é, talvez, o maior ato de amor que se pode praticar.
E o mais libertador também.
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