O amor modifica —
tira arestas, refaz caminhos,
ensina que força
também pode ser afeto manso.
Ele simplifica —
o complicado vira gesto,
o caos vira abrigo,
a pressa vira presença.
E, como mágica serena,
o amor amplifica —
um toque ganha eco,
um olhar vira universo,
um instante vira sempre.
O amor não precisa de grandes promessas,
ele se revela no detalhe:
no silêncio que acolhe,
na palavra que não julga,
no abraço que volta
sem que ninguém chame.
Porque quando o amor é de verdade,
ele não pesa, não prende, não impõe.
Ele liberta, sustenta, transforma.
E no meio da vida comum,
faz tudo parecer extraordinário.
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