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quinta-feira, 26 de junho de 2025

🤔A Curiosidade como Motor do Pensamento

A frase de Albert Einstein — “O mais importante é não parar de questionar. A curiosidade tem sua própria razão de existir.” — não é apenas um convite à reflexão, mas um alerta sobre a importância de manter viva a centelha que move o pensamento humano: o questionamento constante. Em tempos de respostas prontas, tutoriais imediatos e fórmulas mágicas para quase tudo, cultivar a curiosidade e a capacidade de interrogar o mundo torna-se um ato de resistência intelectual.

A curiosidade é o ponto de partida de todo conhecimento. Sem ela, não haveria ciência, filosofia, arte, nem progresso. Perguntas como “e se?”, “por que?”, “como?” sempre estiveram na base das maiores descobertas da humanidade. No entanto, vivemos hoje uma era paradoxal: temos acesso ilimitado à informação, mas isso nem sempre nos torna mais curiosos — pelo contrário, muitas vezes nos acomoda. A facilidade de encontrar respostas rápidas reduz o tempo da dúvida, que é justamente onde a aprendizagem mais significativa acontece.

Questionar é também um ato político. Sociedades autoritárias tendem a desencorajar o questionamento, pois ele desestabiliza certezas impostas e desafia estruturas de poder. Quando alguém questiona, não está apenas buscando saber — está sinalizando que não aceita verdades absolutas sem reflexão. Nesse sentido, a curiosidade é subversiva, porque dá ao indivíduo autonomia de pensamento. E essa autonomia é o que sustenta a liberdade.

Por outro lado, é preciso entender que questionar não significa duvidar de tudo indiscriminadamente, nem assumir uma postura cínica diante da realidade. É, antes, exercitar o pensamento crítico com honestidade intelectual. Significa aceitar que há limites no que se sabe e que reconhecer a própria ignorância é o primeiro passo para superá-la.

Portanto, o maior risco que corremos não é errar, mas parar de perguntar. Porque onde não há perguntas, também não há renovação, nem avanço, nem humanidade plena. E como bem lembrou Einstein, a curiosidade, em sua essência, não precisa de justificativa. Ela é, por si só, uma razão para continuar.

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