Há coisas na vida que nem todo raciocínio explica — mas o coração entende.
Existem momentos que não voltam, mas que permanecem em nós como se nunca tivessem partido. Um pôr do sol visto em silêncio ao lado de alguém, uma conversa despretensiosa que mudou tudo, uma risada compartilhada que ainda ecoa quando lembramos… são esses instantes que se tornam eternos, mesmo dentro de uma vida tão passageira.
Existem também coisas inexplicáveis. Sentimentos que surgem sem aviso, conexões que desafiam a lógica, encontros que parecem escritos muito antes de acontecerem. Às vezes, é como se a vida sussurrasse ao ouvido: “Você não precisa entender, apenas sentir.”
E existem pessoas incomparáveis.
Gente que chega e vira casa. Que marca sem esforço, que ensina sem pretensão, que permanece mesmo quando parte.
Não se trata de quantidade de tempo, mas da intensidade da presença.
Esses três elementos — momentos, mistérios e pessoas — formam a essência daquilo que vale a pena guardar.
Porque, no fim, o que sustenta a alma não são as certezas.
São as memórias que nos abraçam por dentro.
As emoções que não precisam ser explicadas.
E os afetos que, uma vez vividos, jamais se repetem da mesma forma.
Talvez seja essa a beleza da vida: ela não é sobre compreender tudo, mas sobre reconhecer o valor do que é único.
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