“Palavras são sementes. Plante o seu melhor.”
A frase parece simples, quase óbvia. Mas basta olhar ao redor — ou rolar a timeline — para perceber que muita gente está semeando ervas daninhas.
Vivemos numa era onde o falar se tornou fácil e o pensar, raro. As palavras são lançadas como pedras, muitas vezes sem filtro, sem cuidado, sem consciência. Gritamos opinião como quem atira granada: queremos impacto, não compreensão. E o pior? Alguns acham que plantar discórdia, ironia ou deboche é apenas “ser sincero”.
Mas palavras são sementes. E sementes crescem.
Num coração machucado, uma palavra cruel pode florescer em medo.
Num dia difícil, uma crítica azeda pode virar desistência.
Num silêncio bonito, um comentário apressado pode destruir o encanto.
Por outro lado, há quem cultive. Quem cuide do que diz, como quem cuida de um jardim. Uma palavra gentil, mesmo pequena, tem força de raiz. Um elogio honesto pode ser sombra em dia quente. Um “bom dia” sincero pode florescer onde havia secura.
A pergunta que fica é: o que você anda plantando nos outros?
E mais: que palavras você anda permitindo que criem raízes em você?
É fácil esquecer que toda palavra carrega intenção — e consequência. Por isso, vale lembrar: não é só o que se diz. É como. É quando. É por quê. E é para quem. A comunicação não é apenas sobre o que sai da boca, mas sobre o que fica no mundo depois que foi dito.
No fim, é como um campo aberto: ele vai florescer com aquilo que foi cultivado. Se você planta o melhor, ainda que demore, flores virão.
Mas se tudo que você espalha é acidez, não reclame quando colher solidão.
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