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sábado, 28 de junho de 2025

🧐Observe, mas não absorva!

Vivemos em um tempo em que tudo nos atravessa. As palavras, os gestos, as expectativas alheias e os julgamentos sutis — tudo parece encontrar uma forma de nos atingir. Somos espectadores de um mundo barulhento, mas muitas vezes nos tornamos esponjas desse ruído. E é aí que mora o perigo.

“Observar” é estar presente, é ver com consciência. “Absorver”, por outro lado, é permitir que o externo molde o interno sem filtro. A crítica, o olhar enviesado, o comentário maldoso — tudo isso pode ser visto, mas não precisa ser carregado. Nem tudo o que se ouve merece eco dentro de nós.

Muitas dores não nascem daquilo que nos dizem, mas daquilo que deixamos entrar sem questionar. Carregamos rótulos que nunca escolhemos, dores que não nos pertencem, culpas que não são nossas. E, sem perceber, vamos adoecendo por dentro com aquilo que veio de fora.

Observar sem absorver é um ato de autocuidado. É entender que não se trata de frieza ou indiferença, mas de maturidade emocional. Você pode escutar sem concordar, enxergar sem tomar para si, conviver sem se contaminar.

Nem tudo é seu. Nem toda opinião importa. Nem toda crítica merece espaço.

É preciso aprender a olhar o mundo sem deixar que ele te roube a paz.

Olhe, mas não leve pra casa. Observe, mas não absorva.

Seu coração não é depósito de lixo emocional. Escolha o que fica.

O resto, deixe passar como vento.

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