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sábado, 28 de junho de 2025

💕O amor não é um acaso, é uma construção

Há quem pense que o amor nasce de olhares cruzados num instante mágico. E talvez até nasça mesmo. Mas o amor que dura, que floresce, que vira história com capítulos profundos, não se alimenta só do encantamento inicial. Ele precisa de algo mais… precisa de verdade.

Na vida a dois, são os detalhes que sustentam os dias — um bom dia dito com afeto, uma escuta sem julgamento, um abraço que diz “estou com você” quando as palavras não alcançam. E nesse cotidiano aparentemente simples, moram os grandes pilares: honestidade, respeito e confiança.

Honestidade não é apenas dizer a verdade, mas ser inteiro. Mostrar quem se é, sem máscaras. Permitir que o outro veja suas fragilidades, seus medos e também suas alegrias mais espontâneas. É a coragem de se despir da idealização para vestir a autenticidade.

Respeito é não atravessar a alma do outro com palavras afiadas ou silêncios punitivos. É entender que amor não combina com posse, nem com jogo de poder. Que o “nós” só existe porque dois “eus” decidiram caminhar juntos, sem anular suas individualidades.

E confiança… ah, essa é a terra fértil onde o amor verdadeiro cria raízes. Confiar é repousar o coração sem armaduras. É saber que há lealdade mesmo quando o outro não está por perto. É a base onde tudo repousa: o toque, o beijo, os planos, os sonhos.

As atitudes e as palavras precisam conversar entre si. Não adianta declarar amor e agir com descaso. O amor se reconhece mais pelos gestos do que pelas promessas. É fácil falar “eu te amo”, difícil é sustentá-lo nos dias difíceis, nos desencontros, nas tempestades.

Saint-Exupéry dizia que o amor verdadeiro nunca se desgasta. E talvez tenha razão. Porque quando é amor de verdade, quanto mais se compartilha, mais ele se multiplica. Quanto mais se cuida, mais forte ele fica. É como uma fogueira que, em vez de se apagar, se aquece com cada lenha da gentileza, do diálogo e da escolha diária de permanecer.

O amor não é um acaso. É uma construção. Uma decisão renovada todos os dias: estar ali, inteiro, mesmo quando o mundo lá fora for ruído. E nessa escolha silenciosa de cuidar um do outro, o amor floresce — não como flor frágil, mas como árvore robusta que enfrenta as estações.

Porque o amor verdadeiro, quando bem cultivado, não apenas resiste ao tempo: ele o transforma em eternidade.

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