Há quem acorde e veja apenas mais um dia.
Mais um café, mais uma tarefa, mais uma obrigação.
Mas há quem desperte e perceba: o simples é um milagre disfarçado.
O coração grato não precisa de grandes feitos para se emocionar.
Ele se encanta com o cheiro da chuva, com o riso espontâneo de uma criança, com o silêncio que acalma, com o abraço que não diz nada, mas diz tudo.
Enquanto o distraído se apressa, o grato contempla.
Enquanto um se irrita com o trânsito, o outro agradece por ter para onde voltar.
Enquanto um vê rotina, o outro vê presença, cuidado, vida pulsando no invisível.
Despertar para os detalhes é mudar a lente da alma.
É entender que a felicidade não está nos picos da existência, mas nas curvas suaves do caminho.
Quem cultiva gratidão aprende a ver além — não com os olhos, mas com o coração.
E aí, o milagre acontece: a vida, que parecia comum, revela-se extraordinária em cada pequeno instante vivido com atenção e verdade.
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