Versão Revitalizada
Havia um menino com um desejo imenso no coração: ele queria conhecer Deus.
Sabia que talvez o caminho fosse longo, mas isso não o assustava. Então, numa manhã de céu limpo e alma leve, encheu sua mochila com pedaços de bolo, uma garrafinha de guaraná e saiu sem rumo, mas com propósito.
Andou por algumas ruas, até encontrar um senhor de idade sentado em um banco da praça, observando os pássaros com olhos tranquilos. O menino sentou-se ao seu lado. Pegou o refrigerante, mas antes de beber, olhou para o velho e percebeu que ele parecia faminto. Sem pensar duas vezes, ofereceu-lhe um pedaço de bolo.
O velhinho aceitou, surpreso e agradecido, e sorriu com delicadeza. Era um sorriso cheio de vida, daqueles que aquecem por dentro. O menino, encantado, quis vê-lo sorrir de novo, então dividiu também seu guaraná.
Ficaram ali, os dois. Sem trocar uma palavra. Apenas dividindo bolo, refrigerante e sorrisos. Era como se o silêncio entre eles falasse mais do que qualquer conversa.
Quando o sol começou a cair no horizonte, o menino se levantou. Antes de partir, deu um abraço apertado no velhinho — e, em troca, recebeu o sorriso mais bonito de toda a sua vida.
Ao chegar em casa, a mãe, surpresa com a alegria estampada no rosto do filho, perguntou:
— Onde você esteve que voltou tão feliz assim?
E o menino respondeu, com brilho nos olhos:
— Estive no parque com Deus. Sabia que Ele tem o sorriso mais lindo do mundo?
Na mesma hora, o velhinho também voltava para sua casa. Seu filho, curioso com a expressão serena do pai, perguntou:
— Pai, onde o senhor esteve hoje?
O velho respondeu com simplicidade e luz na voz:
— Passei a tarde com Deus… comi bolo e tomei guaraná com Ele. E sabe? Deus é bem mais jovem do que eu imaginava.
Às vezes, Deus se revela nos encontros mais simples.
Na partilha silenciosa, no carinho sem palavras, nos gestos que não pedem nada em troca.
A presença divina está onde há amor, compaixão e entrega verdadeira.
Porque Deus não precisa ser encontrado em grandes templos — Ele se deixa ver no sorriso sincero, no olhar que acolhe, no abraço que aquece.
A grandeza de alguém está na forma como se conecta com o divino que existe nos outros.
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