sexta-feira, 20 de junho de 2025

🦅O Silêncio do Alto: A Lição da Águia

Dizem que a águia, a mais imponente das aves, vive longos anos — mas, para isso, precisa tomar uma difícil decisão quando chega à metade da sua vida.

Ao alcançar cerca de 40 anos, suas garras enfraquecem, o bico se curva demais, as penas tornam o voo pesado. Ela não consegue mais caçar como antes.

Então, precisa escolher: aceita a morte que se aproxima, ou enfrenta um processo doloroso de renovação?

Se decide viver, recolhe-se no alto de uma montanha.

Ali, sozinha, em silêncio, ela começa sua travessia.

Bate o bico contra as pedras até que ele caia.

Espera crescer um novo.

Com o novo bico, arranca as garras gastas.

Depois, uma a uma, remove as penas velhas.

É um processo lento, solitário e sofrido.

Mas, ao fim dele, renasce.

Revive.

E volta a voar — mais leve, mais forte, mais livre.

Essa história, real ou não, fala sobre todos nós.

Quantas vezes nos sentimos sobrecarregados, presos a hábitos antigos, a dores não curadas, a vínculos que já não sustentam nossas asas?

Quantas vezes tememos o processo de transformação por ele ser duro, solitário, incerto?

Mas o voo só recomeça depois da renúncia.

Renunciar ao que já não serve.

Desfazer-se do que pesa.

Esperar crescer o novo.

Aprender, inclusive, a habitar o silêncio necessário da montanha interna.

Nem todo recomeço é suave.

Às vezes, é preciso coragem para parar, rever, desapegar e refazer-se.

A águia não se reinventou no céu.

Ela se reconstruiu na rocha.

E só então voltou a voar.

Talvez seja essa a maior lição: voar bonito exige antes a coragem de pousar no lugar certo para mudar por dentro.

E isso, poucos estão dispostos a fazer.

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Versão revitalizada e reflexiva da lendária lição “O voo da águia”, com linguagem simbólica e aprofundamento no processo de transformação.

Por Mr. Jonas

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