sexta-feira, 20 de junho de 2025

🤔Afinal, o que levamos?

A vida é estranha.

Chegamos com as mãos vazias e partimos do mesmo jeito.

E nesse intervalo, tão breve quanto intenso, lutamos — por espaço, por amor, por reconhecimento, por conquistas que, no fim, não podem ser levadas conosco.

 

Por que tanto apego?

Por que a necessidade de possuir, acumular, vencer, quando tudo isso é deixado para trás?

Será que medimos a vida pelas métricas erradas?

 

Vivemos correndo atrás de algo que nem sempre sabemos nomear.

E quando alcançamos, já queremos o próximo passo, o próximo degrau, o próximo desejo.

Mas… o que de fato permanece?

O que, dentre tudo o que fazemos, tem valor real — não de mercado, mas de memória, de alma?

 

A vida é complexa.

Nos lança perguntas que não têm resposta imediata.

Por que sofremos tanto por coisas pequenas?

Por que tantas pessoas vivem em conflito por motivos que se tornam irrelevantes com o tempo?

Por que insistimos em controlar o incontrolável?

 

Talvez o grande mistério da existência seja justamente esse: aprender a viver com leveza, mesmo sabendo que o final é o mesmo para todos.

Aceitar a finitude, sem se perder no medo.

Valorizar os vínculos, não os títulos.

Construir memórias, não apenas patrimônios.

 

No fim, o que levamos?

A intensidade com que amamos?

A verdade com que vivemos?

O bem que fizemos em silêncio?

 

A vida não espera garantias.

Ela é, por natureza, impermanente.

E talvez a maior sabedoria seja parar de tentar vencê-la — e começar, enfim, a vivê-la.

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