Viver em sociedade exige convivência. E convivência exige respeito. Mas o respeito nem sempre nasce espontaneamente — muitas vezes, ele precisa ser ensinado. E é aí que entram os limites.
Nem tudo o que ouvimos merece resposta. Às vezes, o silêncio é a maior demonstração de maturidade. Ignorar provocações e não se deixar afetar por pequenas mesquinharias é sinal de equilíbrio emocional. Mas é preciso cuidado para que esse silêncio não seja confundido com consentimento.
Há momentos em que é necessário falar. Deixar claro que certas atitudes ultrapassaram a linha. Que certas palavras ferem, e que o outro precisa saber disso. Não para criar conflito, mas para estabelecer a fronteira entre o que é aceitável e o que não é.
Limites são a forma mais saudável de dizer: “Até aqui eu permito, daqui em diante, não mais.” Eles não afastam, ao contrário, organizam relações. Eles ensinam que não se trata de autoritarismo, mas de autoestima. Que quem se valoriza, se posiciona. Que quem se respeita, se impõe.
E sim, há muita gente folgada no mundo. Gente que testa, que empurra, que ultrapassa. Por isso, fingir que não ouviu pode ser uma escolha inteligente — mas não deve ser um hábito eterno. Porque quem nunca aprende o tamanho do próprio passo, tende a invadir o espaço alheio.
Colocar limites não é ser duro, é ser justo. Com os outros — e consigo mesmo.
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