| PÁGINAS

terça-feira, 17 de junho de 2025

A folha, o asfalto e o sol

Nesta imagem, tudo fala.

A folha caída, sozinha no meio do asfalto, carrega em si a delicadeza de quem já viveu o ciclo completo. Ela não luta contra o chão, não tenta voltar ao galho. Apenas repousa. E mesmo ali, em silêncio, é bela. Cada gota sobre ela parece um pequeno espelho da vida: umidade que resta, lembrança de chuva, ou quem sabe lágrimas da natureza.


O asfalto molhado brilha com a luz do sol que nasce. É um contraste: o duro e o suave, o quente e o frio, o começo e o fim. Mas o mais impressionante está no horizonte — esse sol que ressurge, tocando a estrada com um dourado de esperança. Ele não pergunta quem caiu, quem ficou, quem está cansado. Apenas nasce, todos os dias.


Essa imagem nos ensina sobre o valor da pausa, da aceitação, da beleza que persiste mesmo na queda. Mostra que até uma folha caída pode refletir o céu, e que mesmo nas estradas mais duras, sempre há espaço para luz.


Porque, no fim das contas, a vida é isso: continuar, mesmo que lentamente… e permitir que a luz nos alcance, mesmo quando estivermos no chão.

Nenhum comentário: